O mercado brasileiro de milho teve um mês de maio de cotações sob pressão, de declínios nos valores em praticamente todas as praças. Quedas na Bolsa de Chicago para o cereal e no dólar pressionaram o milho nos portos e também no físico ao produtor, em um mês de lentidão nos negócios.
O dólar comercial em maio caiu 3,8%, sendo um componente importante de pressão sobre as cotações nos portos. E o milho na Bolsa de Chicago no contrato julho caiu 7,4% no período. O analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, destaca que a forte queda recente nos portos travou as negociações envolvendo a safrinha. “Por sua vez, no disponível os consumidores ainda buscam realizar compras pontuais, aguardando a entrada da safrinha para enfim alongar sua posição”, comenta.
Na espera da safrinha
Os compradores naturalmente arrastam suas negociações no aguardo da safrinha, quando se espera que com o maior volume de oferta entrando no mercado as cotações possam cair mais. O fato de que a safrinha se livrou de maiores problemas com o frio ou geadas, devendo confirmar uma grande segunda safra, é aspecto de pressão. “Assim, o mercado caminha na paridade de exportação”, comenta.
Praças
No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Campinas/SP No Cif caiu na base de venda em maio de R$ 92/saca para R$ 90. baixa de 2,2%. Na região Mogiana Paulista, o cereal baixou de R$ 91 para R$ 86, queda de 5,5%. Em Cascavel/PR, no comparativo mensal de maio, o preço recuou de R$ 92 para R$ 90, baixa de 2,2. Em Rondonópolis/MT, de R$ 85 para R$ 80, queda de 5,9%. Já em Erechim/RS, caiu de R$ 96 para R$ 95, recuo de 1%. Em Uberlândia/MG, o preço na venda em abril caiu de R$ 83 para R$ 81, queda de 2,4%. E em Rio Verde/GO, baixou de R$ 85 para R$ 82, baixa de 3,5%.
Fonte: Safras & Mercado