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Home»Pecuária»Como aumentar a produtividade em pastagens de capim-humidícola?
Pecuária Atualização:07/06/2022

Como aumentar a produtividade em pastagens de capim-humidícola?

Pedro HameisterPublicado por Pedro Hameister07/06/2022Atualização:07/06/2022Nenhum comentário4 Min de Leitura
Foto: Embrapa

O uso de pastagens de capim-humidícola (Brachiaria humidicola cultivar Comum) consorciadas com amendoim forrageiro (Arachis pintoi) torna-se uma excelente alternativa para aqueles produtores que já possuem pastos formados com essa gramínea e querem aumentar a produtividade e o ganho de peso dos animais. Essa prática agropecuária é recomendada pela Embrapa.

O capim-humidícola, também conhecido como quicuio-da-amazônia, é uma gramínea forrageira de origem africana, introduzida no Brasil há mais de 40 anos. Pelo fato de se adaptar muito bem a solos com drenagem deficiente, é bastante utilizada no bioma Amazônia em áreas que permanecem encharcadas durante o período das chuvas. Também é recomendada para áreas mais úmidas nos biomas Mata Atlântica e Cerrado.

O capim-humidícola, por ter colmos de crescimento rasteiro que enraízam nos nós (estolões), é capaz de formar densa camada de cobertura do solo, reduzindo a presença de plantas invasoras. Além disso, desenvolve-se bem em solos ácidos e de baixa fertilidade. Esses aspectos, associados a um bom manejo, garantem elevada longevidade à pastagem estabelecida.

No entanto, esse capim possui algumas desvantagens, bastante conhecidas pelos pecuaristas: apresenta baixa qualidade nutricional, com teores de proteína bruta na matéria seca muitas vezes inferiores a 7%, o que prejudica o adequado desenvolvimento e a produtividade dos animais. Além disso, suas sementes são relativamente mais caras que as de outras gramíneas forrageiras e podem apresentar dormência, retardando a formação da pastagem.

O amendoim forrageiro é uma leguminosa nativa do Brasil, que também produz estolões, com numerosos pontos de enraizamento quando em contato

com o solo. Tolera bem o encharcamento temporário e a sombra, além de estar adaptado a solos de baixa a média fertilidade. Apresenta como vantagem elevado teor de proteína bruta (de 16% a 25% na matéria seca) e elevada digestibilidade (de 60% a 75% na matéria seca). Os consórcios estabelecidos entre o capim-humidícola e o amendoim forrageiro são bastante estáveis.

O amendoim forrageiro é capaz de incorporar, anualmente, cerca de 50 kg a 100 kg de nitrogênio por hectare na pastagem, graças a uma associação que estabelece com bactérias fixadoras de nitrogênio em suas raízes. Esses valores são suficientes para manter a produtividade do pasto ao longo dos anos, dispensando a adubação nitrogenada pelo uso de fertilizantes químicos. Os adubos nitrogenados, como ureia e sulfato de amônio, possuem elevado custo. A ureia, por exemplo, possui em sua composição 45% de nitrogênio, sendo necessários cerca de 110 kg de ureia para aplicar 50 kg de nitrogênio por hectare nas pastagens por ano.

Em estudos conduzidos pela Embrapa Acre, foi verificado que animais Nelore de alto potencial genético desmamados com sete arrobas atingem cerca de 15 arrobas em 13 meses, quando recriados em pastos de capim-humidícola consorciados com 20% a 30% de amendoim forrageiro cultivar BRS Mandobi, o que corresponde a um ganho médio diário de 625 g de peso vivo. Por outro lado, animais recriados em pastos solteiros de capim-humidícola atingem esse peso somente 22 meses após a desmama, com ganho médio diário de 378 g de peso vivo.

Em termos de produção animal por área, verifica-se aumento expressivo quando a recria é feita em pastos consorciados, podendo alcançar 35 arrobas por hectare ao ano. Benefícios da recria em pastagem consorciada também são observados para animais provenientes de cruzamento industrial (Aberdeen Angus x Nelore), assim como para animais Nelore que passaram pelo processo de castração.

O amendoim forrageiro pode ser introduzido em pastagens já formadas ou ainda na reforma de pastos com mudas ou sementes. As cultivares Belomonte e BRS Oquira são as mais utilizadas na formação de viveiros para posterior plantio nas pastagens por praticamente não produzirem sementes. Já a cultivar BRS Mandobi possui elevada produção de sementes, o que facilita o seu plantio. O consórcio dessas duas forrageiras vem sendo empregado com sucesso em pastagens degradadas, anteriormente cultivadas com o capim-braquiarão (Brachiaria brizantha cultivar Marandu).

Portanto é recomendado para solos sujeitos ao encharcamento temporário, de baixa a média fertilidade, pois, nessas condições, é possível estabelecer pastagens de elevada longevidade, com aumento da produtividade animal, sem emprego de adubos nitrogenados. A adoção dessa prática permite ao produtor aproveitar melhor a sua área, reduzindo os custos de produção ao longo do tempo.

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