A Biotrop, empresa brasileira focada no desenvolvimento e na produção de insumos agrícolas naturais e biológicos de alta tecnologia, aumentando a produtividade no agronegócio, acaba de concluir sua segunda emissão de debêntures sustentáveis no valor de R$ 100 milhões, através da sua controlada Total Biotecnologia. Dado o crescimento acelerado, a companhia, que tem o objetivo de contribuir para uma agricultura mais sustentável e regenerativa, antecipou a segunda emissão de títulos verdes, totalizando assim R$ 200 milhões. A primeira captação ocorreu em novembro do ano passado.
No caso da Biotrop, o processo contínuo de auditoria é realizado pela Bureau Veritas S.A., atestando que as Debêntures cumprem com as regras Green Bond Principles (GBP) emitidas pela International Capital Market Association (ICMA). O Banco Itaú BBA foi o coordenador-líder da emissão e o Banco ABC Coordenador.
Debêntures Verdes
Debêntures verdes são aquelas cujos recursos são investidos tanto em projetos com benefícios ambientais quanto sociais. Esses títulos de renda fixa são emitidos por empresas que precisam financiar um projeto, pagar uma dívida ou aumentar o capital. Para isso, elas pagam uma remuneração em troca do financiamento. De acordo com o diretor financeiro da Biotrop, Adriano Zan, a destinação dos valores está bem definida. “As debêntures verdes serão usadas para expandir o uso de produtos biológicos na agricultura via novas unidades fabris, pesquisa, desenvolvimento e capital operacional.”, destacou.
Por meio de estudos, chegou-se à constatação do poder transformador do uso de biológicos e naturais da Biotrop, que contribuem para muitos dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, tais como: fome zero e agricultura sustentável; trabalho decente no campo; consumo e produção sustentáveis; ação contra mudança global do clima, beneficiar a vida na água e na terra.
Governança
As debêntures verdes serão auditadas por uma empresa independente, que assegura o uso positivo dos recursos aos investidores e à sociedade no geral. O progresso será medido de acordo com cada um dos 06 objetivos da ONU já mencionados. Por exemplo, o objetivo de obter fome zero e uma agricultura sustentável será avaliada através da relação entre a produção e a área cultivada, expresso por quilogramas, sacas ou arrobas por hectare. Ou seja, será mensurada a produtividade na área com a utilização dos produtos.
Outros aspectos que serão mensurados passam pela diminuição da aplicação de químicos ao substituí-los por biológicos, favorecendo o a saúde do trabalhador ao reduzir ou zerar a toxidade dos produtos; a manutenção e aumento dos agentes polinizadores com o manejo biológico dos cultivos; a redução do uso de ureia dos fertilizantes químicos, contribuindo para a diminuição da emissão de gases causadores do efeito estufa; a redução da quantidade de fertilizantes químicos nos rios; a melhoria na biota do solo devido ao percentual de microrganismos benéficos ou redução de patógenos nas áreas cultivadas com os produtos.
A sustentabilidade compensa também nos custos e prazos. “Em comparação com a primeira série, tivemos uma redução no risco da empresa de aproximadamente um ponto percentual ao ano no custo total da captação, em um cenário adverso de aumento das taxas de juros no Brasil e nos EUA e com um prazo de endividamento longo, atípico para empresas de médio porte do agronegócio no Brasil.”, conclui Zan.