O Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe) assinou um convênio inédito com a Apex Brasil para promover os feijões e o gergelim brasileiros em 12 países, com um investimento no projeto de R$1 milhão.
No ano passado o Brasil exportou cerca de 220 mil toneladas, e até hoje todo o crescimento se deu por meio de esforços individuais dos exportadores. O objetivo desse acordo é incrementar esses números, com foco inicial nos Emirados Árabes Unidos, Japão, Costa Rica, Vietnam, Chile, China, Cingapura, Coreia do Sul, Costa Rica, Estados Unidos, Filipinas e Índia.
Najla Souza, gerente do projeto, destaca que entre outras inciativas, além das tradicionais feiras, espera-se trabalhar com inteligência de mercado, defesa de interesses e outras negociações para que os países de destino diminuam as barreiras que algumas vezes existem como, por exemplo, os impostos de importação altos para o produto do Brasil.
“Válvula de escape”
Após diversas visitas em Brasília, entre elas, à Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o Ibrafe identificou as principais necessidades do setor nos últimos anos. Grande parte dos envolvidos entende que é preciso ter uma válvula de escape para a produção de feijão.
Sendo assim, se não houver avanços na exportação, corre-se o risco de que, se o produtor não sentir que pode gerar excedentes de feijões, vai seguir diminuindo a área plantada.
“Se todos voltarem a plantar somente carioca, teremos novamente períodos com preços altos seguidos de muito plantio e logo após preços baixos que desestimulam a produção e trazem prejuízo aos produtores e aos empacotadores. Assim, avançar na pesquisa e no plantio de outras variedades é o caminho e, ao que tudo indica, é o que todos entendem atualmente”, lembra Lüders.
Fonte: Ibrafe