Principal responsável pelo faturamento da Expointer, com mais de 90% das vendas, o setor de máquinas agrícolas está otimista e aposta em recordes de público e de vendas na 45ª edição da feira, que acontece de 27 de agosto a 4 de setembro no Parque Assis Brasil, em Esteio (RS).
O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, acredita que os negócios podem superar em 50% a feira de 2019, quando ultrapassaram R$ 2,5 bilhões. “A meta é atingir de R$ 3,5 a R$ 4 bilhões”, revela.
Outro indicador foi a grande procura por espaços – se a área fosse maior, o número de expositores ultrapassaria os 155 que garantiram participação em Esteio este ano, dez a mais do que em 2019. O sinal verde para um possível recorde de vendas também é dado pelo calendário. A data em que se realiza a Expointer é estratégica para o setor por ser o primeiro grande evento após o lançamento do Plano Safra 2022/23 do Governo Federal, no final de junho.
Alta na produção
Contrariando as expectativas, a estiagem que assolou o Rio Grande do Sul no último verão teve poucos reflexos negativos nas vendas. O setor registrou um incremento de 5% a 6% na produção entre janeiro e julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que a ‘régua’ já estava alta. Em tempos de safra normal, 11% das máquinas e implementos fabricados pelas indústrias gaúchas ficam no Rio Grande do Sul, enquanto o restante é comercializado Brasil afora.
Este ano, os prejuízos causados pela falta de chuva pouco afetaram o setor, porque houve aumento na demanda de pedidos de outros estados, que tiveram excelentes colheitas. Por outro lado, vem ocorrendo maior procura por pivôs centrais e outros equipamentos destinados à irrigação, como forma de evitar futuros prejuízos.
Escassez de insumos
Um dos impactos da pandemia na fabricação de novos tratores, em 2020, foi a escassez de componentes, como aço e chips. “Depois que acabaram os estoques, o que aparecia no mercado a gente tinha que comprar e ainda torcer para surgir mais”, relata Cláudio Bier. As dificuldades de logística afetaram diretamente o transporte, na importação de produtos, e houve uma desaceleração na entrega de máquinas. Este ano o fornecimento de aço está normalizado, mas o setor ainda enfrenta a falta de chips. A saída vem sendo a adequação, com as empresas buscando negociar microcircuitos com novos fornecedores no exterior.
Cerca de 65% das máquinas e implementos agrícolas fabricados no país são produzidos nas indústrias do Rio Grande do Sul. Em todo o país, o setor gera 32,7 mil empregos diretos e 139 mil indiretos.
Fonte: AgroUrbano Comunicação
1 comentário
Muito valiosas as informações veiculadas e pesquisadas por vocês. Portanto os agropecuárias são conduzidos a tomarem melhores decisões.