A Revista AG PEC, conteúdo de pecuária de A Granja Total Agro, ouviu dois especialistas respeitados do mercado para ajudar o leitor a obter melhores resultados econômicos com a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), técnica de reprodução que vem se popularizando no Brasil por dispensar o uso de touros nas propriedades, principalmente nas fazenda de cria.
Rui Barbosa – Pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste
É mandatório adquirir sêmen apenas de origem conhecida, devidamente processado e/ou comercializado por empresas credenciadas pelo Ministério da Agricultura. A escolha do touro deve ser baseada no mérito genético e, sempre que possível, na qualidade do sêmen em termos de taxas de prenhez. Muitas empresas de IA disponibilizam catálogos com informações sobre esses critérios. Assim, para predizer o desempenho produtivo dos filhos (as) dos touros, são apresentados os valores da DEP (diferença esperada da progênie) relativos aos atributos de interesse: peso ao desmame, peso ao abate, ganhos de pesos e outros. Com relação às taxas de prenhez, algumas empresas criaram bancos de dados com grande número de IATFs e, a partir disso, calculam índices que predizem a fertilidade potencial dos touros. É aconselhável fazer uso dessa informação para reduzir o risco de taxas de prenhez desapontadoras na IATF. Rui Machado
Luciano Penteado – Consultor de IATF que atende 200 fazendas
Doenças Reprodutivas ocasionam mortes embrionárias, abortos e natimortos em todos os tipos de manejos reprodutivos: IATF, Inseminação convencional, monta natural (somente touros), transferência de embriões, etc. É comum as fazendas “acharem” que na IATF ocorre uma perda gestacional maior do que na monta natural (somente touros), porém essa comparação não é realizada corretamente. Na prenhez na IATF, temos a data da inseminação e é possível realizar os DGs (diagnósticos gestacionais) com 30 dias, 60 dias e 90 dias pós-inseminação para determinar com exatidão qual foi a taxa de perda gestacional, bem como o DG final da estação de monta. Porém, na Monta Natural, como não é possível determinar o dia da cobertura e de concepção da matriz pelo touro, a identificação das perdas gestacionais é realizada sem a exatidão adequada. Vale ressaltar que, na maioria das fazendas que reali zam apenas monta natural, somente é efetuado um DG no final da estação de monta, sendo que grande parte das perdas gestacionais não são identificadas. Para o controle das doenças reprodutivas, é fundamental o uso de um protocolo de vacinas reprodutivas de acordo com as doenças identificadas e o nível de intensidade delas no rebanho.
Agora, se quiser aprofundar radicalmente o conhecimento em IATF, assine a Revista AG PEC.