O clima na América do Sul continuará sendo um fator a ser acompanhado no mercado do milho. Especialmente diante da evolução do plantio no Brasil.
A Administração Oceânica e Atmosférica (NOOA) aponta que estes dias serão marcados pela permanência das chuvas em praticamente todo Brasil, com exceção do Nordeste.
Mas também destaque para chuvas mal distribuídas na Argentina, o que aumenta o interesse do milho brasileiro.
O alerta do atraso no plantio da Argentina ainda continua, apesar de amenizado no dia 27 de outubro.
A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou que o plantio atingiu 21,8% da projeção total, avançando 4,8% em relação à semana anterior.
Apesar do avanço, apenas 10% das lavouras possuem condições boas ou excelentes, contra 73% do mesmo período da safra passada.
Quebra europeia
Além disso, a quebra de safra na União Europeia deve continuar mantendo a importação do milho brasileiro em alta. Principalmente diante das incertezas na Ucrânia, frente à suspensão do acordo de exportação determinada por Putin e queda na produção americana.
Esse cenário reforça o interesse do mercado internacional pelo milho brasileiro. E pode aumentar significativamente as exportações e valorizar as cotações do grão nacional.
Exportações volumosas
As exportações seguem bastante aquecidas no Brasil. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até dia 24 havia sido exportado 183% a mais que todo mês de outubro de 2021.
De acordo com a maior plataforma de grãos da América Latina, a Grão Direto, o Brasil tem sido muito favorecido pela ausência da Ucrânia no mercado do cereal.
Além da menor produção americana e da quebra de safra na União Europeia. A Comissão Europeia reduziu sua previsão de colheita para 54,9 milhões de toneladas, contra 55,5 milhões no mês anterior.
Chicago: leves baixas
A semana passada foi marcada por leves desvalorizações nos preços do mercado físico por conta do volume baixo de negociações por parte dos produtores.
Chicago finalizou a semana com queda de 0,59%, a US$ 6,79/bushel. Já o dólar teve uma semana de forte valorização, na sexta-feira a R$ 5,30 (+2,96%).
Em relação à safra 2022/23, de acordo com o boletim publicado no dia 24 de outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio segue evoluindo.
E alcançou 35,8% da área prevista.
Nesse contexto, o Paraná segue liderando, com 78%. Seguido de Santa Catarina com 77%. E Rio Grande do Sul, com 76%.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
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