A Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, a COP27, que acontece até o dia 18, em Sharm El Sheikh, no Egito, poderia ter mais espaço para a agricultura. A opinião é do empresário brasileiro Rodrigo Franco Dias, CEO da ConnectFarm, uma agtech que participa da conferência a convite do Sebrae e do Ministério do Meio Ambiente.
“Na COP27 fala-se muito em alimentos e pouco em agricultura. Senti falta de mais painéis focados em agricultura e de mais representatividade das instituições agrícolas”, afirma Dias. Segundo ele, há uma preocupação em produção de alimentos, mas é preciso considerar como isso é feito. Diante da realidade encontrada no país da COP27, ele pontua ainda a abundância de recursos naturais, existentes no Brasil, e como é possível ver potencial em solo brasileiro.
Colocar em prática temas como o mercado de carbono também está sendo discutido e, segundo o empresário, está entre as oportunidades que a tecnologia pode trazer para a agricultura. “Para avançar é preciso haver a certificação, a exemplo da energia”, destaca.
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A ConnectFarm é uma empresa de tecnologia com foco em maximizar as recomendações agronômicas por meio de algoritmo proprietário. Assim, é possível realizar o planejamento de safra de forma mais assertiva. Na Cop27, a agtech apresentou o case “Mensuração e Técnicas de Manejo Sustentável para Fixação de Carbono no Solo em Produção Agrícolas de Biodiesel e Etanol”, com resultados do trabalho de consultoria agronômica em mais de 1,5 milhão de hectares em dez estados do país e em parcerias com as multinacionais Bayer e Syngenta, para aplicação de agricultura de conservação, por meio de plantas de cobertura, em biomas como o Cerrado e o Pampa.
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