Na semana passada foi divulgado o relatório de Estimativas de Demanda e Oferta Agrícola Mundial (WASDE), emitido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O relatório mostrou uma diminuição de 4,5 milhões de toneladas na produção ucraniana.
E uma queda de aproximadamente 3 milhões de toneladas nos estoques.
A Ucrânia, que é uma das principais fornecedoras do grão para a União Europeia, normalizou o fluxo de exportação.
Mas a expectativa de redução apresentada pelo USDA pode fazer com que o grão ucraniano fique mais caro.
E assim migrando a demanda para o Brasil.
Em relação às exportações norte-americanas, a semana continuou lenta.
Mas trouxe números maiores que o penúltimo relatório, aumentando para 700 mil toneladas.
Esse número foi dentro do esperado pelo mercado, que projetava entre 300 mil e 1,07 milhão de toneladas.
Com isso, Chicago fechou a semana próximo a estabilidade, a US$n 6,34/bushel (-0,16%).
Clima na América do Sul
O clima na América do Sul vai continuar sendo um fator muito importante diante da evolução do plantio.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) projeta chuvas volumosas para todo o Brasil, com exceção do Nordeste.
As precipitações poderão continuar pouco expressivas e com temperaturas elevadas no cinturão produtor da Argentina.
E isso elevará o nível de preocupação para o mercado
E assim poderá continuar pressionando as cotações de Chicago.
Os números de exportações do milho norte-americano vão continuar sendo observados de perto pelo mercado.
E podem impactar nas cotações de Chicago.
Demanda doméstica
No Brasil, a demanda poderá continuar perdendo ritmo, com a aproximação do fim de ano.
Visto que as indústrias geralmente diminuem seu ritmo de compra.
E isso poderá causar queda nos preços do mercado físico.
Ruan Sene, analista da Grão Direto, a maior plataforma de grãos da América Latina, acredita que as cotações brasileiras poderão ter uma semana de desvalorização, em relação à semana anterior.
E prevaleceria a baixa demanda, somado à oferta expressiva.
A demanda interna não apresentou mudanças significativas na semana passada.
Porém, com a aproximação do fim de ano, comumente, ocorre diminuição da demanda por parte das indústrias.
Esse cenário resultou em leve valorização no mercado físico, na maioria das regiões.
Plantio avançou
O plantio registrou um avanço de 28,2% no mês.
E chegou a 72,1% da área projetada para a cultura, segundo o boletim divulgado dia 8 pela Conab.
De acordo com a Grão Direto, as condições climáticas têm favorecido o avanço do plantio e a qualidade das lavouras.
Uma situação diferente da Argentina, que tem sofrido com o clima.
Por lá o clima se mostra seco e com altas temperaturas para as próximas semanas.
Mesmo com essas intempéries climáticas, o país registrou um avanço de 7,3%, comparado à semana anterior.
E chegou a 32,7% da área total.
Mas ainda com atraso de 5,2% quando comparado ao ano passado.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
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