A semana passada do milho foi marcada pela continuidade da lentidão dos negócios no mercado interno.
O cenário refletiu o conforto nos estoques adquiridos até o fim do ano.
Já no cenário externo, o mercado continuou aquecido, com Chicago fechando a semana em alta a US$ 6,78/bushel (+1,80%).
E de acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), houve um avanço semanal significativo de 11,1% no plantio argentino.
E atingiu 62,9% dos 7,3 milhões de hectares projetados para a safra 2022/23.
Apesar das chuvas dos últimos dias, a situação hídrica da área plantada continuou deficitária, necessitando de novas chuvas no curto prazo para sustentar o potencial de produtividade.
Plantio brasileiro
Em relação à safra 2022/23 no Brasil, o plantio seguiu evoluindo, de acordo com a Conab.
Até o dia 29 de dezembro chegou a 85,5%.
Em nível nacional, as lavouras estavam em condições satisfatórias de desenvolvimento.
Com chuvas abrangentes e bom volume. A exceção é o RS, que já apresenta perdas incapazes de serem revertidas.
E de acordo com a Secex, o Brasil exportou 5,2 milhões de toneladas em apenas 17 dias úteis de dezembro.
Assim superou as 3,4 milhões de todo dezembro de 2021.
Com esse número, faltavam apenas 400 mil toneladas para que o Brasil renovasse o recorde de 2019.
O clima na América do Sul vai continuar sendo um fator muito importante diante da evolução do plantio.
O Inmet projeta chuvas volumosas para todo o Brasil, com exceção do RS.
Previsões de chuvas localizadas no cinturão produtor da Argentina, principalmente as províncias de Córdoba e parte de Buenos Aires, poderão favorecer a continuidade do plantio.
Em fevereiro pode haver o início da migração de demanda para o milho americano, já que o país está com bastante estoque do grão para comercializar.
Geralmente, o milho brasileiro colhido na primeira safra é direcionado, praticamente, para fomentar o mercado interno.
E isso aumenta o fluxo de comercialização internacional do cereal americano.
Novos acontecimentos referentes à flexibilização de restrição ao Covid-19 na China, o conflito geopolítico na Ucrânia e o impacto do inverno norte-americano no trigo poderão impactar as cotações em Chicago.
Diante disso, as cotações brasileiras poderão ter uma semana de valorização, em relação à semana anterior.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br
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