A recuperação do dólar frente ao real reduziu a pressão sobre as cotações do arroz no mercado brasileiro na semana passada.
Após a moeda americana flertar com R$ 4,90 no final da semana anterior, reagiu e voltou a romper os R$ 5,00, alicerçado pelos cenários doméstico e internacional mais tensos.
De olho no câmbio, os agentes permanecem em alerta, na expectativa do fechamento de novas cargas para exportação do cereal.
Evandro Oliveira, analista e consultor de Safras & Mercado
A ponta vendedora permanece cautelosa, optando por postergar as negociações e apostando em condições mais favoráveis nos próximos meses.
“Já os compradores têm estado mais presentes no mercado, com unidades de beneficiamento elevando suas ofertas pelo cereal, na tentativa de atrair vendedores e com receio de que cotações sigam avançando”, explica o analista.
A média da saca de 50 quilos de arroz em casca no Rio Grande do Sul fechou a quarta-feira, dia 19 cotada a R$ 88,21, recuo de 0,46% em relação à semana anterior.
Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 4,07%.
E um aumento de 21,07% comparado ao mesmo período de 2022.
Embarques: +301%
As exportações de arroz em casca totalizaram 105,12 mil toneladas em março, alta de 301,7% sobre 2022.
De arroz beneficiado, foram enviadas ao exterior 13,11 mil toneladas em março, queda de 77,6% na comparação com 2022.
Já as exportações de arroz quebrado somaram apenas 0,01 mil tonelada em março.
E as importações de arroz em casca totalizaram 3,85 mil toneladas em março, 25% inferior a 2022.
De arroz beneficiado, foram trazidas do exterior 76,53 mil toneladas em março, alta de 45% frente ao ano passado.
Já as importações de arroz descascado somaram 54,76 mil toneladas em março, avanço de 16% se comprado com igual mês de 2022.
Fonte: Safras & Mercado
