O Brasil é responsável por apenas 2% da noz-pecã produzida mundialmente. Entretanto, é o quarto produtor mundial. Nos últimos três anos, o país vem buscando novos mercados para o produto, uma vez que 2/3 do consumo está no mercado interno. “O brasileiro consome em torno de 11 gramas de noz pecã anualmente, enquanto nos Estados Unidos o volume chega a 250 gramas por habitante”, afirma o presidente do Instituto Brasileiro de Pecanicultura, Eduardo Basso.
Grande parte dos produtores está concentrada no Rio Grande do Sul. Atualmente são 10 mil hectares plantados, com seis mil em produção. A expectativa é chegar a 2030 com 12 mil hectares em produção, o que demandará atenção dos produtores em abrir novos mercados.
De olho na China
A China compra 85% do total mundial de noz-pecã com casca. Quase 60% deste consumo está concentrado nas semanas em que é comemorado o Ano Novo Chinês. O país asiático compra o produto com casca, pois o ato de descascar a noz-pecã está entre os costumes familiares. “As famílias se reúnem, conversam enquanto descascam as nozes no período festivo”, conta Basso.
E esse mercado, com casca, é interessante para o Brasil pois a indústria nacional não consegue absorver todo a produção. Após a mobilização do IBpecan para a abertura do mercado chinês, o Ministério da Agricultura já estabeleceu com o seu equivalente na China, os protocolos sanitários sobre a qualidade das pecans brasileiras. “Agora aguardamos a resposta do ministério chinês, mas queremos aproveitar a vinda de uma missão da China no final do mês à Argentina e tentar trazê-los aqui”, explica o presidente.
Atualmente o Brasil exporta para Tailândia, Paquistão, Líbano, Arábia Saudita, além de produto sem casca para o mercado europeu.
Confira a entrevista do presidente do IBpecan, Eduardo Basso.
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