Os números do relatório de oferta e demanda divulgados pelo USDA na semana passada surpreenderam as expectativas do mercado.
Apresentaram um conservadorismo acima do normal.
Houve um aumento de 1,4 milhão de toneladas na expectativa de produção e uma queda de 3,44% nos estoques finais 2022/23 nos EUA.
Também aumento de 1 milhão de toneladas para a safra brasileira.
Clima nos EUA
A seca continuou regredindo no Meio-Oeste americano.Na quinta-feira, dia 13, o Centro Nacional de Mitigação da Seca trouxe uma redução de 3% na seca dos estados produtores de milho, para 64%.
A presença de chuvas, mesmo que irregulares, tem aliviado o estresse hídrico de várias regiões.
As cotações de Chicago finalizaram a semana cotadas a US$ 6 o bushel (+7,14%) para o contrato com vencimento em julho/23.
Já o mercado físico brasileiro teve uma semana de leves valorizações em algumas regiões,ainda bastante pressionado pela colheita brasileira.
A próxima semana com continuidade de chuvas nas lavouras americanas.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), os prognósticos indicam a persistência de condições climáticas favoráveis.
O Corn Belt continuará sendo agraciado com chuvas substanciais, mantendo assim o otimismo no mercado.
As lavouras nos EUA devem continuar melhorando.
A continuidade de precipitações em vários estados durante a semana deve trazer um aumento no nível de lavouras boas/excelentes, e diminuir as de nível das lavouras muito ruins/ruins.
Isso poderá impactar Chicago negativamente.
Brasil: exportações lentas
Atipicamente, as exportações do milho, neste mês, estão abaixo do esperado.
Caso continue nesse ritmo, fechará julho com pouco mais de 2 milhões de toneladas.
O número está 50% abaixo do mesmo período do ano passado.
Colheita evoluindo
E com condições climáticas favoráveis, a colheita no Brasil continuará avançando, gerando uma oferta significativa de cereais no mercado.
Possivelmente, fechará julho com níveis acima de 50% em nível nacional, caso o ritmo se mantenha.
E as cotações poderão continuar se desvalorizando.
A tendência de desvalorização das cotações de milho deve continuar, por conta, principalmente, da evolução da colheita brasileira.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br