O clima seguiu desfavorável às lavouras americanas de soja na semana passada.
A falta de chuvas acompanhada de altas temperaturas seguem preocupando o mercado.
E a expedição Pro Farmer Crop Tour trouxe estimativas menores que o USDA, reduzindo em 2,2 milhões de toneladas a produção da soja.
Dólar em queda
Já o dólar recuou 1,81% na semana que consolidou alta do Ibovespa, após sequência histórica de baixas.
E no Simpósio Jackson Hole, o presidente do FED, o banco cetral americamo, Jerome Powell, sinalizou a possibilidade de mais aumento na taxa de juros americana.
Altas em Chicago
Em síntese, na semana passada as cotações de Chicago encerraram a em alta, com o contrato de setembro a US$ 13,79 o bushel (+1,17%).
E o contrato para março/24 a US$ 13,67 o bushel (+2,49%).
Com dólar oferecendo contrapeso às altas, a soja brasileira apresentou desvalorização na maioria das regiões.
Para esta semana, a expectativa ainda é de clima seco e quente para o cinturão produtor norte-americano. Isso segue as mesmas tendências da última semana, que encerrou com as cotações positivas.
De acordo com o último relatório de condições de lavouras publicado pelo USDA, no dia 21, 77% das lavouras de soja estão com vagens emitidas.
O enchimento dos grãos é a fase seguinte, e depende muito de boas condições climáticas para alcançar produtividade satisfatória.
As expectativas de clima seco e quente deixam em alerta o mercado, apesar das estimativas não indicarem perdas drásticas.
Ainda nos EUA, no rio Mississipi, o maior canal de escoamento para os portos do Golfo do México, com o nível de água baixando, as barcaças precisam diminuir seu peso, reduzindo o volume de carga transportado.
Esse cenário pode encarecer a logística da soja americana, o que consequentemente pode favorecer as cotações da soja brasileira.
Exportações brasileiras
Seguindo o panorama apresentado acima, as exportações brasileiras seguem fortes.
Nos sete primeiros meses do ano foram mais de 72 milhões de toneladas embarcadas, estabelecendo novo recorde.
Esse crescimento, de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior, tende a permanecer e influenciar as cotações aqui no Brasil.
Veja mais em 72 milhões de toneladas: embarques de soja são recorde de janeiro a julho
E após surpreender com crescimento no primeiro trimestre, mercado aguarda, apreensivo, os resultados do PIB brasileiro do segundo trimestre, que serão divulgados na sexta-feira.
No mesmo dia haverá divulgação, nos Estados Unidos, de Payroll.
Seguindo as expectativas e a possibilidade de mais aumentos na taxa de juros americana, o dólar pode enfrentar uma semana de alta.
Perante os fatos apresentados, a soja brasileira poderá apresentar mais uma semana positiva.
Fonte: Grão Direto www.graodireto.com.br