Após um mês de julho mais forte, o ritmo de comercialização de soja da safra brasileira 2022/23 perdeu um pouco de força ao longo do mês de agosto. Já o ritmo de negócios com a safra nova (2023/24) registrou alguma melhora, ainda que esteja bastante aquém da média das últimas cinco safras para este período do ano.
“Apesar de os preços continuarem melhorando ao longo do mês de agosto, os players demonstraram menor interesse por novas vendas de safra disponível, priorizando a venda de volumes da nova safra, que começa a ser plantada ainda no mês de setembro”, explica o analista de consultor de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque.
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Os preços voltaram a ganhar força amparados por Chicago, prêmios e câmbio, mesmo com a alta volatilidade nos fatores Chicago e câmbio. “Os contratos futuros ganharam fôlego diante de um clima menos favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas registrado na segunda quinzena do mês”, explica o consultor.
Já o câmbio continuou volátil, mas voltou a se aproximar dos R$ 5,00 em alguns momentos diante de um cenário externo que ainda traz dúvidas com relação à recuperação das principais economias mundiais. “Além de um cenário interno conturbado, principalmente com relação à questão fiscal”, acrescenta o analista.
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Segundo pesquisa realizada por SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até o dia 1 de setembro, 79,8% da safra brasileira de soja 2022/23 foram vendidos, com avanço de 4,2 pontos percentuais frente ao percentual do mês anterior (75,6%). O percentual atual equivale a aproximadamente 124,643 milhões de toneladas negociadas, de uma safra atualmente estimada em 156,152 milhões de toneladas. Em mesmo período do ano anterior, o percentual era de 82,6%, enquanto a média das últimas cinco safras para o período é de 88,3%.
Para a nova safra brasileira de soja (2023/24), os dados apontam um percentual teórico comercializado de apenas 17,9% de uma produção recorde estimada em 163,254 milhões de toneladas, com avanço de 4 pontos percentuais frente ao percentual registrado no mês anterior (13,9%). Em mesmo período do ano passado, o percentual era de 18,6%. A média das últimas cinco safras para o período é de 27,4%.
Fonte: Agência SAFRAS