No último relatório semanal, a Conab apontou que 98,2% das lavouras da safrinha já foram colhidas.
Apesar do atraso em relação ao ano passado, não trouxe consequências.
Já o plantio da safra verão segue acelerado, principalmente na Região Sul, onde o clima está mais favorável.
E o Paraná segue liderando o ranking.
O relatório trimestral do USDA apontou que os estoques foram de 34,569 milhões de toneladas, abaixo da estimativa média do mercado de 36,296 milhões.
A expectativa de produção também veio abaixo do projetado.
Exportações
E de acordo com a Secex, o Brasil superou 6,6 milhões de toneladas exportadas em 15 dias úteis de setembro, volume 43% acima do mesmo período do ano passado.
As cotações de Chicago finalizaram a semana cotadas a US$ 4,76 o bushel (-0,42%) para o contrato com vencimento em dezembro/23.
E o mercado físico brasileiro teve mais uma semana dividida entre as regiões do país, sem consenso.
De olho na demanda
Para esta semana, com a proximidade do término da colheita, o mercado deixa de olhar para a oferta e passa a direcionar seu foco à demanda, que está aquecida, principalmente nas exportações.
Apesar da redução do número projetado pela Anec, o Brasil deve superar 9 milhões de toneladas exportadas em setembro, confirmando o interesse internacional pelo cereal brasileiro.
Para outubro, as projeções também são boas.
Plantio sul-americano
O plantio na América do Sul deve seguir avançando, caso as condições climáticas sejam favoráveis.
A Argentina poderá ultrapassar os 10% de área plantada, e o Brasil deve superar os 20%.
O Sul do Brasil vem se destacando no avanço do plantio.
Colheita x comercialização
Já o clima mais seco está favorecendo a evolução da colheita norte-americana, resultando em níveis colhidos acima da média dos últimos cinco anos.
Em contrapartida, a falta de chuva está prejudicando o transporte do milho pelo rio Mississipi, desvalorizando o valor final pago ao produtor.
Esse cenário deve continuar favorecendo os outros países produtores, entre eles, o Brasil.
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Chicago e o etanol
A alta do preço do petróleo nas últimas semanas vem tornando o etanol mais competitivo nos Estados Unidos, que é produzido a partir do milho.
Nesse sentido, a produção tem aumentado de forma significativa, o que vem dando certo suporte às cotações de Chicago.
A demanda terá um peso maior no direcionamento das cotações brasileiras, podendo trazer valorização das cotações brasileiras.
Fonte: Grão Direto