O plantio da safrinha, de acordo com a Conab, segue em ritmo acelerado, sendo liderado pelo Mato Grosso.
Minas Gerais e São Paulo ainda não iniciaram.
E o ritmo de plantio poderá se aquecer nas próximas semanas, diante da evolução da colheita de soja em várias regiões.
Até o momento, o cereal vem sendo plantado em uma janela considerada ideal, onde o risco climático é amenizado.
Cotações
As cotações de Chicago finalizaram a semana passada cotadas a US$ 4,43 o bushel (-0,67%), para o contrato com vencimento em março/24.
Na B3, o milho teve movimento de queda, de 2,17%, fechando em R$ 64,01/saca.
Essa queda impactou o mercado físico, acumulando baixas em várias regiões.
Números mundiais
Para a quinta-feira, dia 8, é esperado o relatório oferta e demanda mundial do USDA.
Espera-se pouca alteração nos números.
Possivelmente, manterá a expectativa de produção do Brasil.
Já na Argentina, poderá trazer aumento na oferta do cereal.
E para o milho norte-americano, poderá trazer ajustes na oferta e demanda.
Exportações
As exportações brasileiras seguem aquecidas.
Ainda que até a quarta semana de janeiro o Brasil exportou cerca de 4,5 milhões de toneladas, uma redução de 13,3% na média diária em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Sazonalmente, o ritmo de exportação deverá cair nos próximos meses, e começar a retornar apenas no segundo trimestre.
Nesse meio tempo, o mercado interno será o grande responsável pela demanda do cereal e movimentação das cotações.
E com a possível diminuição de área da safrinha 2024 a janela de exportação poderá se antecipar.
Considerando a demanda global, os países compradores buscarão assegurar a aquisição do cereal para reforçar seus estoques de forma mais antecipada.
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E de acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), a Argentina poderá colher safra recorde de 56,5 milhões de toneladas.
Se a Argentina conseguir colher uma safra significativa, os compradores terão uma opção adicional.
Considerando todo o cenário apontado acima, as cotações de milho continuarão sem forças para subir, aguardando um melhor direcionamento da safrinha 2024.
Fonte: Grão Direto