A colheita brasileira de soja seguiu avançando na semana passada.
E de acordo com a Conab, Minas Gerais, Tocantins e Santa Catarina iniciaram a colheita.
O estado do Mato Grosso segue liderando os números.
E os Bancos Centrais do Brasil e dos EUA decidiram, na última quarta, dia 31, as novas taxas de juros.
E ambos não surpreenderam o mercado.
Os juros americanos foram mantidos em 5,25% a 5,50%, enquanto no Brasil a taxa Selic foi diminuída em 0,50%, para 11,25%.
Em Chicago, o contrato de soja para março de 2024 encerrou a US$ 11,88 o bushel (-1,74%).
O mercado físico brasileiro seguiu a mesma tendência de baixa de Chicago.
Mas em contrapartida, o dólar subiu 1,22%, fechando a semana a R$ 4,97.
Semana de relatório do USDA
Na quinta-feira, dia 8, haverá mais uma atualização dos números do Relatório oferta e demanda mundial da soja pelo USDA.
Espera-se que o departamento faça mais uma redução na expectativa de produção do Brasil e, consequentemente, na sua demanda.
Argentina em foco
Para a Argentina, possivelmente, manterá os números atuais.
A previsão de colheita de soja da Argentina foi revisada para 52 milhões de toneladas pela Bolsa de Cereais.
A plantação, que já foi concluída no país, apresenta um número potencialmente significativo, mais que o dobro da produção da sara anterior.
No entanto, essa previsão é recebida com cautela devido à expectativa de calor extremo nesta semana, uma fase crucial para o desenvolvimento dos grãos.
Além disso, ajustes na demanda dos Estados Unidos também podem ser esperados.
Exportações americanas
As vendas líquidas da soja americana atingiram na semana passada o ponto mais baixo do ano de comercialização, conforme indicado pelo USDA.
Foi registrada uma queda de 71% em comparação com a semana anterior.
Isso vem acontecendo, principalmente, pela baixa demanda da China.
Além disso, a soja norte-americana ainda apresenta custo superior em relação a outros países, até o momento.
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Com a queda nas cotações de Chicago, essa condição deve ser amenizada.
No entanto, os custos logísticos devido aos conflitos ainda persistem, continuando a impactar significativamente o preço final da oleaginosa.
Exportações brasileiras
De acordo com a Secex, as exportações brasileiras de soja atingiram em janeiro 2,6 milhões de toneladas, superando mais que o triplo do volume exportado em janeiro do ano anterior, que foi de aproximadamente 800 mil toneladas.
Esses números estabelecem um novo recorde para o mês, ultrapassando o recorde anterior de 2,5 milhões de toneladas em 2022.
É altamente provável que essas exportações estejam relacionadas às transações comerciais do ano passado, ocorridas antes da queda nos preços.
Ponderando os eventos mencionados anteriormente, é possível que a soja em Chicago tenha mais uma semana negativa, com mercado físico brasileiro seguindo a mesma direção.
Fonte: Grão Direto