O Agricultural Outlook Forum na semana passada mostrou redução de 3,8% na projeção de área plantada de milho, nos EUA.
Porém, projeta um aumento de 9,1 milhões de toneladas nos estoques finais.
Já na Argentina, a Bolsa de Buenos Aires indicou, no seu último relatório semanal, a conclusão do plantio do milho atingindo a estimativa de área de 7,2 milhões de hectares.
E na safrinha brasileira, de acordo com a Conab, o plantio alcançou na semana passada 31,5% da área total prevista, um aumento em relação aos 19,8% registrados na semana anterior e superando os 20,4% do mesmo período de 2023.
Em Chicago as cotações finalizaram a semana passada cotadas a US$ 4,16 o bushel (-3,26%), para o contrato com vencimento em março/24.
Na B3, o milho fechou a semana com leve queda de 0,28%, fechando em R$ 64,68/saca.
Esse impacto alcançou o mercado físico em proporções significativas, acumulando baixas sucessivas.
Esta semana será chuvosa nas lavouras brasileira.
De acordo com os mapas climáticos, a semana será marcada pela presença de chuvas em grande parte das regiões produtoras, o que pode beneficiar ainda mais o desenvolvimento das lavouras.
Desenvolvimento das lavouras
De acordo com a Conab, cerca de 43% das lavouras de milho estavam na semana passada na fase de emergência e 57% na fase vegetativa.
Diante disso, as condições climáticas favoráveis são muito importantes e continuarão contribuindo para um desenvolvimento satisfatório.
Exportações americanas
Ao contrário da soja, as exportações de milho dos Estados Unidos até o momento estão 23% maiores do que as registradas no mesmo período do ano anterior, totalizando 36,2 milhões de toneladas, conforme relatado pelo USDA.
No entanto, esse número ainda está consideravelmente abaixo da projeção anual de 53,34 milhões de toneladas para o ano safra, que termina em agosto nos EUA.
Mais sobre as perspectivas para o grão em Milho: qual é a projeção para as próximas semanas?
E no Brasil, conforme a Secex, as exportações de milho estão 15% maiores que as do mesmo período do ano passado.
Porém, esse ritmo poderá começar a cair de forma gradativa nas próximas semanas.
Com o avanço da colheita da soja, as exportações de milho perderão espaço para a oleaginosa no mercado internacional.
Argentina terá safra recorde?
E há excelentes expectativas em relação à safra argentina.
Apesar das dificuldades climáticas recentes, as expectativas de uma colheita excepcional estão se fortalecendo a cada semana, apontando para uma produção superior a 50 milhões de toneladas.
Levando em conta as vendas pendentes e a continuidade do ritmo intenso de colheita, é possível que as cotações de milho continuem em tendência de baixa nesta semana.
Fonte: Grão Direto