O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou da abertura da Expointer e do desfile dos campeões animais, na sexta-feira, 30.
Em princípio, Fávaro não participaria do evento, visto alegados problemas logísticos em razão do aeroporto de Porto Alegre estar fechado.
Mas ele conseguiu acompanhar a solenidade junto a demais autoridades, assim como integrantes do Movimento SOS Agro RS, grupo que reivindica maior e melhor apoio aos produtores gaúchos atingidos pela enchente.
Apesar da expectativa do público presente, em seu discurso o ministro não detalhou como será na prática o apoio aos agricultores.
E na sequência conversou exclusivamente com A Granja na TV.
“Olha, aqui não era o momento propício para detalhar medidas tão importantes. Talvez geraria mais dúvidas do que esclarecimentos”, justificou à jornalista Thais D’AVila.
“Mas o principal deste primeiro pronunciamento, o compromisso do Presidente Lula com todos os produtores do Rio Grande do Sul, e que nós estamos juntos para tomarmos todas as medidas para não deixar nenhum produtor para trás”, destacou Fávaro.
“Às vezes as pessoas até não compreendem o time (tempo), e é fatídico isso, porque só quem está com a propriedade totalmente destruída sabe a dor e a vontade de trabalhar e de recomeçar”, acrescentou.
Muito trabalho
“Nós trabalhamos muito nestes meses para trazer as medidas. O Congresso trabalhou muito junto, os parlamentares, o governo do estado (RS), o Governo Federal, as entidades representativas de classe”, lembrou.
“Todas as medidas já anunciadas e que serão detalhadas em novos anúncios hoje são com o objetivo de trazer de volta a agropecuária gaúcha forte e resiliente e que deem muito resultado e muita oportunidade a todos”, complementou.
Mais sobre a feira em RS anuncia novas regras para irrigação e investimento em sistema de gestão de água
Ao ser questionado pela jornalista se a participação silenciosa do Movimento SOS Agro RS o surpreendeu, Fávaro avaliou que “certamente é um movimento legítimo, ordeiro, educado e de muita expectativa”,
“Para mim o silêncio é a expectativa, e nós vamos atendê-los”, disse.
Anúncios
Após a solenidade o ministro esteve em reunião com entidades gaúchas a como Farsul e a Fetag, para detalhar as medidas de apoio aos atingidos.
Na sequência, em conversa com a imprensa, relatou que a prorrogação das dívidas bancárias e recursos equalizados somam o R$ 1,9 bilhão já disponibilizado, para 93% dos produtores.
Os demais 7% com as maiores dívidas serão contemplados por medida do Conselho Monetário Nacional, e vão acessar o fundo social, para poder trocar o perfil da dívida.
“Deixar de dever CPR, para revendas, cooperativas para dever para o fundo social com o fundo garantidor. Oito anos de prazo e juro máximo de 10% e um ano de carência”, esclareceu.
“Vamos falar com os bancos… como tem fundo garantidor, tirou o risco. Então não tem porque o banco ficar com o spread de 5,5%, e já há um entendimento com as presidências dos bancos em Brasília que vão reduzir (os juros)”, destacou.
No link abaixo a íntegra da entrevista exclusiva com o ministro e demais abordagens do programa A Granja na TV de sexta-feira, 30.