O período prolongado de chuvas no Rio Grande do Sul, além de resultar em alta umidade do solo, limitou o avanço da semeadura do milho, que ficou em apenas 1% na semana, totalizando 65% da área cultivada prevista.
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado da Emater-RS/Ascar, nesta quinta-feira, 17, apesar da baixa incidência de radiação solar, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e adequado estande de plantas.
A maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo (97%) e 3% estão em floração.
Em algumas regiões, embora a semeadura esteja chegando ao final, ainda está atrasada no Sul e na Campanha devido ao período mais extenso de incidência de chuvas, iniciado ainda em setembro.
Nos campos de altitude, especialmente nos Aparados da Serra, a operação não iniciou, pois é realizada de forma mais tardia pelas condições edafoclimáticas inadequadas para operações em períodos mais precoces.
Soja, 1% da área
O período recomendado para semeadura da soja, conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), iniciou no dia 1º.
Contudo, o plantio foi realizado em áreas limitadas na fase inicial da janela e, durante o período, dificultado pelas constantes precipitações entre dias 8 e 11.
A área semeada até o momento representa menos de 1% da superfície total a ser cultivada, estimada em 6.811.344 hectares pela Emater/RS-Ascar.
A continuidade da semeadura deve ocorrer de forma moderada, nos próximos dias, em virtude da priorização de outras atividades, consideradas urgentes, como a colheita de cereais de inverno e a semeadura de arroz.
A produtividade média projetada para a safra 2024/2025 é de 3.179 kg/ha.
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Trigo inicia a colheita
A colheita do trigo atingiu 3% da área total estimada no estado nas lavouras de ciclo mais curto.
Já a maior parte das lavouras de ciclo mais longo ainda estão em processo de maturação (45%) e enchimento de grãos (42%).
A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares e a produtividade prevista permanece em 3.100 kg/ha.
As condições climáticas que, até a primeira semana de outubro, favoreciam a cultura, sofreram mudanças, gerando apreensão entre os triticultores.
A sucessão de precipitações, que se estenderam por até cinco dias consecutivos em parte do estado, resultou em excessiva umidade no solo, limitando o desenvolvimento das lavouras e mantendo água livre sobre as plantas durante quase todo o período.
Essa situação beneficiou o desenvolvimento de doenças, sobretudo giberela.
A colheita foi interrompida pela dificuldade de acesso das máquinas, o que pode afetar pontualmente os resultados da safra em razão da degradação das reservas do grão em maturação fisiológica.
Principalmente nas áreas onde foram aplicados herbicidas para dessecação e uniformização das plantas.
Fonte: Emater-RS/Ascar