A importância do produtor fazer a sua parte, se prevenir para evitar a infecção do vírus da febre aftosa em sua propriedade e, assim, não comprometer todo um estado ou país, será um dos temas principais do 4º Fórum Estadual da Febre Aftosa, a ser realizado dia 29 de novembro, durante a feira Fenasoja, em Santa Rosa/RS.
O encontro, sob o tema “Prevenção, cada elo importa”, vai reunir representantes de produtores, indústria e serviço veterinário oficial.
No programa A Granja na TV de segunda-feira, 18, na Ulbra TV, uma das organizadoras do fórum, a médica veterinária Grazziane Rigon, da Coordenação do Programa de Vigilância para Febre Aftosa da Secretaria Estadual da Agricultura do RS (Seapi), destacou o evento e a relevância da prevenção ao vírus.
“A prevenção para a febre aftosa faz parte de uma responsabilidade compartilhada. É importante que cada um destes elos cumpra o seu papel para o estado possa se manter longe da doença”, esclareceu.
Livre sem vacinação
A pecuária gaúcha não aplica mais a vacinação para a doença desde abril de 2020.
E, no mês seguinte, iniciou a contagem dos 12 meses para o estado obter a certificação internacional de zona livre sem vacina, concedida em maio de 2021.
“Então, estamos há três anos com a certificação internacional e há quatro anos sem vacinação”, mencionou.
Segundo ela, desde a retirada da vacinação, o Rio Grande do Sul tem recebido missões internacionais que buscam saber como é o andamento do serviço veterinário oficial do estado e como está a biosseguridade das propriedades.
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“E com isso já conseguimos abertura de três novos mercados, o Chile, a República Dominicana e as Filipinas”, comemorou.
“Principalmente quem começa a colher estes frutos é a suinocultura, mas também já vemos aumento nas exportações do gado”.
Biosseguridade
Gazziane lembrou que a biosseguridade é muito importante porque tanto previne a introdução do vírus na propriedade, como também, caso o microrganismo entre, vai prevenir que o vírus saia dessa propriedade.
Desde que o produtor tome todos os cuidados recomendados.
“Justamente a partir de 2023 nós mudamos um pouco o foco das nossas visitas à propriedade, orientando os produtores em relação à importância com os cuidados com a biosseguridade. Isso foi um enfoque justamente porque o produtor é o responsável pelo seu rebanho e é quem, de fato, tem que se prevenir”, relatou.
“Claro que a secretaria da Agricultura, no trabalho de prevenção e também na busca ativa pela doença, faz um papel importante, mas o papel maior da prevenção é justamente o produtor, que é quem está em contato diariamente com seus animais”.
Para tanto, advertiu a veterinária, é fundamental ao produtor ações como, por exemplos, ao adquirir animais utilizar o Guia de Trânsito Animal, manter o perímetro cercado em torno da propriedade e as porteiras fechadas, evitar a entrada de pessoas desconhecidas e promover a desinfecção de quem entra na propriedade.
“Tudo isso faz parte da prevenção. São coisas muito importantes que o produtor pode fazer dentro da sua propriedade para nos auxiliar a entrada do vírus aqui”.
A entrevista completa, assim como o programa na íntegra e mais informações sobre o agro gaúcho e brasileiro na edição de A Granja na TV de segunda-feira, 18 de novembro (Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre)