O País precisa voltar sua atenção aos dois lados: da exportação e da importação. “Isso é positivo para as empresas, para os produtores e para o consumidor como um todo.” Quem afirma é a coordenadora de Inteligência Comercial da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori.
Ela deu a declaração durante live promovida pela Rádio São Miguel, de Uruguaiana (RS). Estavam em pauta: mercados, produtos, exportações e resultados.
“Se a gente não exporta, não se expõe ao mundo. E a nossa competitividade cai muito.”
Sueme Mori
Projeto Agro.BR

A coordenadora falou sobre o papel da CNA na defesa dos interesses do setor, do produtor rural e da criação do projeto Agro.BR. Este prevê a promoção do pequeno e médio produtor rural no comércio internacional.
Seu foco está em cadeias que ainda não têm grandes volumes de exportação. Dentre elas, frutas, pescados, lácteos, chás e especiarias.
Sueme ressalta que a pauta de exportações do agro brasileiro ainda é muito concentrada em produtos e destinos. Entretanto, tendência é o País ampliar os mercados e diversificar a lista de itens para as vendas externas.
Perspectivas
Sobre as perspectivas para o futuro, Sueme destaca que o agro precisa focar na Ásia e no Oriente Médio. Ou seja, onde a demanda por alimentos cresce atrelada ao aumento populacional.
“A FAO fala em aumentar a produção de alimentos no mundo em 70%. Quem tem condições de atender isso é o Brasil.”
Sueme Mori
Segundo ela, em relação ao comércio internacional, daqui para frente, há duas questões que não podem ser esquecidas. “O olhar do Brasil tem que estar na Ásia e no Oriente Médio, além da sustentabilidade, que veio, está aí, e precisamos ficar atentos a isso”, orienta.
Fotos: Wenderson Araujo/CNA