Produtores rurais, cooperativas e agroindústria já contrataram R$ 124,5 bilhões do Plano Safra 2021/2022. O montante é relativo aos quatro primeiros meses (julho a outubro). A soma é 39% maior em comparação ao mesmo período da safra anterior, resultado de 843 mil operações. Um acréscimo de 2%.
A Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou os dados nesta quinta-feira. Eles fazem integram o balanço do crédito rural.
Volume
Os investimentos avançam em ritmo forte, com contratações superiores a 55% do volume em relação à safra passada. No balanço, o saldo para novas é de 47% da programação inicial. Ou seja, ainda restam R$ 34,3 bilhões distribuídos nos diferentes programas.
Até o final de outubro, o maior comprometimento de recursos ficou com o Moderfrota (75%), Procap-Agro (61%), Proirriga (55%) e Inovagro (54%). Não menos intensas foram as contratações em linhas de financiamento de investimentos por meio de fontes não equalizadas. Dentre elas Fundos Constitucionais, Poupança Rural e outras fontes livres, em que 62% já foram utilizados.
O destaque desse período foi para o Inovagro, que conseguiu reagir em suas contratações. Atualmente, apresenta alta de 12% em relação à safra passada. Os ajustes realizados nas normas deste programa, e também do Moderagro, devem ter contribuído para o aumento.
Programa ABC
No Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), o financiamento para plantio florestal mais que dobrou. Já correspondem a 43% dos recursos programados. Para adequação/regularização ambiental aumentou cerca de quatro vezes.
Além disso, a novidade em outubro foi o início das contratações de investimentos, do Programa ABC e PCA, com recursos provenientes da fonte Recursos Obrigatórios. No ABC, foram quatro contratos totalizando R$ 8 milhões. E no PCA, dois contratos num total de R$ 62,8 milhões.
Operações
O diretor do Departamento de Crédito e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, espera que operações similares se intensifiquem nos próximos meses. No agregado, as fontes de recursos Obrigatórios (MCR 6-2), Poupança Rural (com subvenção Econômica), Poupança Rural Livre, LCA e BNDES (também com subvenção econômica) representaram 83% do montante contratado.
De acordo com a avaliação da SPA, a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) teve uma boa recuperação nas liberações de outubro. Especialmente no custeio e comercialização, com aumento de 56% no número de contratos e 18% no valor contratado, comparativamente ao mesmo período da safra passada.
Foto: Wenderson Araújo/CNA