O mercado internacional de soja foi surpreendido nessa semana pelos novos números do USDA. Contrariando todas as expectativas, o USDA cortou a projeção para a safra dos Estados Unidos e impulsionou os preços no mercado futuro de Chicago.
O relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,425 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 120,43 milhões de toneladas. O mercado esperava safra de 4,480 bilhões ou 121,92 milhões. Em outubro, a indicação era de 4,448 bilhões de bushels ou 121,05 milhões de toneladas.
A produtividade foi cortada de 51,5 bushels por acre para 51,2 bushels, enquanto o mercado estimava 51,9 bushels por acre. Os estoques finais estão projetados em 340 milhões de bushels ou 9,25 milhões de toneladas.
O mercado apostava em carryover de 360 milhões ou 9,78 milhões de toneladas. No mês passado, os estoques finais estavam estimados em 320 milhões de bushels ou 8,7 milhões de toneladas.
O USDA indicou esmagamento em 2,190 bilhões de bushels e exportação de 2,050 bilhões. Em outubro, os números eram de 2,190 bilhões e 2,090 bilhões, respectivamente.
O relatório projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 384,01 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 103,78 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 105,7 milhões de toneladas. Em outubro, o USDA indicou estoques de 104,6 milhões de toneladas.
A projeção do USDA aposta em safra americana de 120,43 milhões de toneladas, contra 121,06 milhões do relatório anterior. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 144 milhões de toneladas, sem alterações. A safra da Argentina está estimada em 49,5 milhões de toneladas, menor que o previsto em outubro, de 51 milhões. As importações chinesas foram cortadas em 1 milhão para 10 milhões de toneladas.
Para a temporada 2020/21, a estimativa para a safra mundial ficou em 366,23 milhões de toneladas. Os estoques de passagem estão projetados em 100,11 milhões de toneladas. O mercado apostava em estoques de 99,7 milhões de toneladas.
A produção do Brasil foi elevada de 137 milhões para 138 milhões de toneladas. Já a safra argentina ficou em 46,2 milhões de toneladas. A previsão para as importações chinesas foi elevada de 99 milhões de toneladas para 99,76 milhões.
Texto: Dylan Della Pasqua /Agência SAFRAS