Educação de qualidade é o que pode manter jovens com vida plena no campo. A partir dessa premissa, a Via Máquinas criou a campanha Via Pelo Futuro. Através dela promove arrecadação de doações em dinheiro, que serão destinadas à compra de equipamentos de informática para escolas rurais municipais.
Educação rural
Segundo o diretor executivo do grupo Via Máquinas, Marcelo Kozar, a carência educacional acarreta perdas sociais. “Pensando que a educação é a única forma de mudar as pessoas socioeconomicamente, focamo-nos na do setor rural.” Segundo ele, a decisão deve-se ao fato de o Brasil ser um país do agronegócio.
Se não tem uma boa educação no campo, você promove o êxodo rural. Os jovens do interior não têm perspectiva e acabam migrando para os grandes centros urbanos.
Marcelo Kozar
Para ajudar a resolver parte dessa equação, o Grupo comprou um trator CBT 8440, ano 1987, que foi totalmente reformado e, agora, vai a leilão. Toda arrecadação será utilizada para investir em salas de informática de duas escolas rurais. Uma fica localizada no RS, em Erechim; e a outra, em SC.
Com a verba do leilão, as instituições de ensino beneficiadas contarão com equipamentos de última geração, móveis ergonômicos, layout diferenciado e internet. “Diferentemente de outras ações beneficentes, seguiremos acompanhando a evolução desses jovens. Daremos também suporte com cursos.”
Conforme Kozar, a expectativa é de arrecadar o suficiente para entregar as “melhores salas de informática” que essas escolas possam ter.
Como participar
No site, o interessado em participar da ação social faz o cadastro e compra moedas, ao custo de R$ 1,00 cada. Esse dinheiro será usado para dar o lance. O leilão se encerra no dia 15 de dezembro. Para participar, é preciso entrar no site da promoção clicando aqui.
De acordo com o executivo, o ensino é a única forma de melhorar a comunidade. “Sem ele, não há empresas, políticas e sociedade.” Por outro lado, promovendo a educação rural, pode-se dar um futuro bom para as pessoas.
Tecnologia
Kozar ressalta que as máquinas agrícolas dão saltos tecnológicos a cada ano. Ele adianta que a entrada do 5G trará autonomia ao maquinário. “E quem vai trabalhar nisso? De um lado, estamos desenvolvendo a parte tecnológica. No entanto, não há profissionais para tocar isso, seja na operação ou no conserto”, alerta.
Então, segundo ele, os jovens que estiverem preparados para esse futuro próximo, terão boa remuneração. Serão técnicos e gestores de ativos e com dinheiro para viver bem com a família. “Hoje, qual a perspectiva? É nascer, crescer e morrer na cidade deles. Mas isso mudou, e o jovem pode ter a forma de viver plenamente no campo.”
Ele mesmo é resultado do investimento em ensino. Filho de uma enfermeira e um mecânico, teve na mãe uma grande defensora da educação. “Se hoje gero emprego para 50 pessoas é porque minha mãe não nos permitiu parar de estudar”, finaliza.