O ano de 2021 foi marcado pela acentuada alta nos preços dos cafés arábica e robusta. Os valores de ambas variedades atingiram recordes nominais das respectivas séries históricas do Cepea.
No primeiro semestre deste ano, as cotações foram impulsionadas pela perspectiva de menor produção na safra 2021/22. Além da bienalidade negativa do café arábica, a seca durante a maior parte do desenvolvimento dos cafezais limitou o potencial produtivo da temporada.

Alta expressiva
No segundo semestre de 2021, o movimento de alta nos preços dos cafés, especialmente nos do arábica, foi ainda mais expressivo. O que foi reforçado por novas preocupações com a oferta do grão e com a logística mundial da cadeia. Incluindo a falta de contêineres.
No Brasil, o período prolongado de seca e as geadas do inverno trouxeram novos danos aos cafezais de arábica. Isso deve levar à significativa quebra de produção na temporada 2022/23 (bienalidade positiva).
No Vietnã e na Colômbia, a ocorrência do fenômeno La Niña também mantém agentes em alerta e as cotações do café, em alta. Ressalta-se, ainda, que o elevado preço do arábica elevou a demanda das torrefadoras ao redor do globo pelo robusta.