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Home»Pecuária»Mais pasto, menos cocho
Pecuária Atualização:24/01/2022

Mais pasto, menos cocho

Thaise TeixeiraPublicado por Thaise Teixeira24/01/2022Atualização:24/01/2022Nenhum comentário6 Min de Leitura
Foto: Eveline Drescher/Divulgação

* Artigo

O agronegócio tem importância mundial, fornecendo alimentos e contribuindo significativamente para a economia. Confirmando o protagonismo do setor na economia do Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) do agro brasileiro alcançou a participação de 20,5% e 26,6% no PIB total nacional em 2019 e 2020, respectivamente.

Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP) em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em valores monetários, o PIB brasileiro totalizou R$ 7,45 trilhões em 2020, e o PIB do Agronegócio perfez R$ 2 trilhões (Superintendência técnica da CNA e Cepea (a).

Cenário

Em 2021 o cenário continua promissor. O PIB do Agronegócio nacional acumula alta de 9,81% no primeiro semestre deste ano, correspondendo a R$ 223 bilhões em valores monetários, com aguda representação do ramo agrícola. Além disso, estimativas dos pesquisadores do Cepea/CNA ditam que a participação do Agronegócio no PIB total de 2021 deva ser 30%, aproximadamente (Cepea/CNA).

Segundo a CNA, o Valor Bruto da Produção (VBP) da Agropecuária alcançou R$ 651,5 bilhões e R$ 987,12 bilhões, em 2019 e 2020, respectivamente; e deverá atingir R$ 1,142 trilhão em 2021 (Superintendência Técnica da CNA; Comunicado Técnico do VBP- CNA).

Produtividade

Devido essa essencialidade do agronegócio, há necessidade em manter os sistemas que o compõem cada vez mais produtivos. Mas, sem abrir novas áreas. No entanto, essa verticalização do sistema, com a intensificação e o incremento no rendimento da pecuária nacional, ocorre de maneira vagarosa. Um dos grandes entraves relacionado a isso está pautado nas extensas áreas com pastagens degradadas.

A presença de pastagens degradadas é particularmente comum em áreas de fronteira agrícola do país, como as regiões Norte e Centro-Oeste. Nesses locais, esse fenômeno está diretamente associado à baixa produtividade da pecuária e ao aumento do desmatamento.

Diversas fontes indicam que, dos 172 milhões de hectares de pastagens no Brasil, mais de 60% estão em algum estágio de degradação. Nas áreas de Cerrado, que respondem por 60% da produção de carne do país, cerca de 80% dos 45-50 milhões de hectares com pastagens cultivadas apresentam algum grau de degradação (Nogueira, 201-?).

Degradação

Essa degradação das pastagens, na região tropical, é destacada como reflexo do mau manejo, que reduz o potencial produtivo da pecuária. Com o aumento da produção pecuária sustentável há melhoria na qualidade dos pastos, com redução no percentual de áreas degradadas. Portanto, há necessidade da adoção de processos e tecnologias sustentáveis que permitam a intensificação da produção e qualidade dos pastos/capins e, consequentemente, de proteína animal (Macedo, 2009; Dias Filho, 2011; Balbino et al., 2011; Leonel, 2011; Vilela et al., 2011; Ferreira Júnior et. al, 2020). É necessário enxergar o capim como lavoura!

Com o intuito de tratar o capim como lavoura, o primeiro passo é abandonar a cultura extrativista. Investir em correção de solo e adubação para proporcionar níveis adequados de nutrientes para a exigência do capim, e assim, obter quantidade e qualidade na massa de forragem. Outro ponto crucial é o manejo adequado: observar a produção e altura do dossel forrageiro, respeitando a altura de entrada e saída dos animais da área, adequar a taxa de lotação, pressão de pastejo e capacidade de suporte, entre outros.

Cocho

Essas medidas podem conferir ao capim melhores níveis de proteína e energia. Consequentemente, reduzir a oferta de alimento no cocho. Sendo, o cocho, utilizado, apenas, como estratégia de suplementação da dieta a pasto. Ressalta-se que, a produção de animais a pasto – bem manejado e de qualidade – pode ser apontada como a alternativa mais viável.

Comparando os preços reais obtidos em 2019 e 2020, têm-se recuo de 0,77% para a indústria de fertilizantes e corretivos de solo, e acréscimo de 12,28% para a indústria de rações. Na comparação entre os primeiros trimestres de 2021 e de 2020, há projeção de acréscimo de 23,99% para a indústria de fertilizantes e corretivos de solo, e acréscimo de 93,94%, para a indústria de rações (Superintendência técnica da CNA e Cepea (a); Diretoria Técnica da CNA e Cepea).

Nota-se, portanto, que o uso de fertilizantes e corretivos agrícolas, de modo a proporcionar quantidade e qualidade de massa forrageira, constitui opção menos onerosa que a alimentação integral/maciça via cocho. Elucida-se que a solução para uma pecuária mais assertiva seja: Mais pasto, menos cocho!

Referências:

BALBINO, L.C.; BARCELLOS, A. de O.; STONE, L.F. Marco referencial: integração lavoura-pecuária-floresta. Brasília: Embrapa, 2011. 130 p.

Cepea/CNA. PIB do Agronegócio brasileiro. Disponível em: https://www.cepea.esalq.usp.br/br/pib-do-agronegocio-brasileiro.aspx. Acessado em 01 de nov. de 2021.

Comunicado Técnico do VBP, Maio/2020 – CNA. Dados até abril e preços corrigidos pelos IGP-DI. Valor Bruto da Produção Agropecuária em 2019, a preços de abril de 2020.

DIAS FILHO, M.B. Desafios da produção animal em pastagens na fronteira agrícola brasileira. Revista Brasileira de Zootecnia, v.40, p. 243-252, 2011.

Diretoria Técnica da CNA e Cepea. Impulsionado por ramo agrícola, PIB do agronegócio cresce 5,35% no 1º trimestre de 2021. Disponível em: https://www.cnabrasil.org.br/boletins/impulsionado-por-ramo-agricola-pib-do-agronegocio-cresce-5-35-no-1o-trimestre-de-2021. Acessado em 01 de nov. de 2021.

FERREIRA JÚNIOR, L.G; OLIVEIRA-SANTOS C.; MESQUITA V.V.; PARENTE L.L. Dinâmica das pastagens brasileiras: Ocupação de áreas e sinais de degradação – 2010 a 2018. Goiânia: Lapig/UFG, 2020. 19p.

LEONEL, F.P. Integração lavoura-pecuária: produção e qualidade de forragens. In: ZERVOUDAKIS, J.T; CABRAL, L.S. Nutrição e produção de bovinos de corte. Cuiabá: UFMT, 2011. p. 221-233.

MACEDO, M.C.M. Integração lavoura-pecuária: o estado da arte e inovações tecnológicas. Revista Brasileira de Zootecnia, v.28, p.133-146, 2009.

NOGUEIRA, S.F. A pecuária extensiva e o panorama da degradação das pastagens no Brasil. Portal Dia de Campo/ Embrapa Monitoramento por Satélite, 201- ?. 2p.

Superintendência Técnica da CNA. Valor Bruto da Produção Agropecuária deve atingir R$ 1,142 trilhão em 2021. Disponível em: https://www.cnabrasil.org.br/boletins/valor-bruto-da-producao-agropecuaria-deve-atingir-r-1-142-trilhao-em-2021. Acessado em 01 de nov. de 2021.

Superintendência técnica da CNA e Cepea (a). PIB do Agronegócio alcança participação de 26,6% no PIB brasileiro em 2020. Disponível em: https://www.cnabrasil.org.br/boletins/pib-do-agronegocio-alcanca-participacao-de-26-6-no-pib-brasileiro-em-2020. Acessado em 01 de nov. de 2021.

VILELA, L.; MARTHA JUNIOR, G. B.; MACEDO, M. C. M.; MARCHÃO, R. L.; GUIMARÃES JÚNIOR, R.; PULROLNIK, K.; MACIEL, G.A. Sistemas de integração lavoura pecuária na região do Cerrado. Pesquisa agropecuária, v.46, p.1127-1138, 2011.

* Autoras:

Anne Dallabrida – engenheira agrônoma, mestre e doutora em agricultura tropical e
técnica da Valloura Soluções Agropecuárias

Glenda Evaristo – zootecnista, especialista em pastagem e técnica da
Valloura Soluções Agropecuárias

campo carne Destaque2 mercado pecuária pib
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Thaise Teixeira é editora da Revista AG. A jornalista tem especialização em comunicação corporativa e acumula mais de 15 anos de experiência no setor agropecuário.

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