A energia solar acaba de atingir a marca histórica de 9 gigawatts (GW) de potência instalada. Este número equivale a 64,2% de toda a capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu.
A geração própria ocorre em telhados, fachadas e pequenos terrenos de residências, comércios, indústrias, produtores rurais, prédios públicos no Brasil. O mapeamento foi realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Sustentabilidade
Segundo a entidade, o Brasil tem mais de 828 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede. Trazem economia e sustentabilidade ambiental para mais de 1 milhão de unidades consumidoras.
Desde 2012, foram mais de R$ 48 bilhões em novos investimentos, que geraram mais 270 mil empregos acumulados no período, espalhados em todas as regiões do Brasil.
O Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua atrasado no uso da geração própria de energia solar. Dos mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica do País, apenas 1,1% já faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva.
Para a associação, 2022 poderá ser o melhor ano da energia solar já registrado no Brasil desde 2012. A expectativa é de que haja o maior crescimento do mercado e do setor na última década.
Estimativa
A geração própria de energia solar seguirá crescendo e deverá praticamente dobrar sua potência operacional instalada. Isso porque será impulsionada pelos aumentos nas tarifas de energia elétrica acima da inflação e pela publicação da Lei nº 14.300/2022.
Segundo a Absolar, a tecnologia solar fotovoltaica está presente em mais de 5.541 municípios e em todos os estados brasileiros. Os líderes em potência instalada são, respectivamente:
- Minas Gerais (1.545 MW),
- São Paulo (1.159 MW),
- Rio Grande do Sul (1.058 MW),
- Mato Grosso (618 MW),
- Santa Catarina (476 MW).
Desenvolvimento
“A energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico e ambiental do País”, aponta o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia. “Sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia. Já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo.”
Segundo presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk, a energia solar ajuda a baratear a conta de luz dos brasileiros. “Reduz o uso de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes e responsáveis pelas bandeiras tarifárias que encarecem a conta de luz.”
Geração própria
A fonte solar lidera com folga o segmento, com mais de 99,9% das instalações do País. Em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, com 77,0% das conexões.
Em seguida, aparecem os pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (13,1%), consumidores rurais (7,6%). Depois, indústrias (2,0%), poder público (0,3%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).
Em potência instalada, os consumidores residenciais lideram o uso da energia solar, com 44,3% no País. Seguidos de perto pelos pequenos negócios dos setores de comércio e serviços (33,1%), consumidores rurais (13,6%), indústrias (7,7%), poder público (1,1%) e outros tipos, como serviços públicos (0,1%) e iluminação pública (0,01%).