Uma vitrine tecnológica da raça Girolando está em construção em Uberaba/MG, na fazenda-modelo da Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu). A meta é possibilitar aos produtores rurais mais acesso às inovações da pecuária leiteira.
A iniciativa é resultado da cooperação técnica entre a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e a instituição de ensino. Segundo ele, será um ‘laboratório a céu aberto’ em uma das instituições de ensino mais tradicionais do país. “A Fazu vem formando profissionais em várias áreas, principalmente no agronegócio, que estão atuando não só no Brasil, mas também em outros países da América Latina”, destaca o presidente da Girolando, Odilon de Rezende Barbosa Filho.
Animais
A proposta é ter na vitrine somente animais Puro Sintético e de composição racial 5/8. Para ampliação do rebanho. A associação doou 20 doses de sêmen de touros participantes do Teste de Progênie.
Esse material genético será utilizado para inseminar as fêmeas do plantel da Fazu, hoje composto por 17 vacas em lactação que produzem 200 litros de leite/dia. “Todos os acasalamentos serão orientados por um técnico da Associação. Focando a produção de animais dentro do padrão da raça e com bom desempenho zootécnico”, informa o superintendente Técnico da Girolando, Leandro Paiva.
No final do ano passado, a equipe da associação esteve na fazenda-modelo para avaliar os animais para selecionar aqueles dentro do padrão racial para recebimento do registro genealógico. Uma nova avaliação acontecerá ainda em fevereiro.
Pesquisa
De acordo com a coordenadora de Projetos da Fazu, Lívia Magalhães, a parceria ainda prevê o desenvolvimento de pesquisas com a raça, capacitação da equipe técnica da associação. Ainda, um programa de estágio contínuo para atuação dos estudantes nas rotinas técnicas da associação.
Encontros técnicos sobre temas relacionados à pecuária leiteira também serão realizados. “Com o trabalho conjunto, esperamos aperfeiçoar a vitrine tecnológica. Para que os produtores rurais possam conhecer como a raça pode ser utilizada dentro de um sistema de produção a pasto. O que permite uma produção de leite sustentável e com rentabilidade”, destaca.