O Rio Grande do Sul estipulou ampliar para 216 mil hectares a área irrigada da agricultura até 2030.
A meta faz parte do plano estadual de Agricultura de Baixo Carbono, o ABC+RS, da secretaria estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).
Atualmente o estado já possui 120 mil hectares irrigados, o que equivale a mais de 55% da meta do plano.
O coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano, Jackson Brilhante, explicou, no programa A Granja na TV, de segunda-feira, 9, na Ulbra TV, como funciona o ABC+RS.
Conforme ele, em 2009, 2020 foi instituído o Plano ABC, resultado de um compromisso voluntário que o Brasil assumiu na COP15, em Copenhague, Dinamarca, visando reduzir voluntariamente as emissões em vários setores
“E dentro do setor agropecuário surgiu o Plano ABC, que hoje está na segunda etapa. Então é um plano que nasceu em 2010, tivemos uma primeira década de várias ações, e, atualmente, estamos na segunda fase, que é o plano ABC+”, descreveu.
“Na primeira versão tínhamos seis tecnologias reconhecidas internacionalmente como mitigadoras de gás de efeito estufa, que, ao mesmo tempo, também trazem uma adaptação a todas essas mudanças climáticas. Então é uma política pública de Estado, é importante dizer, que já está com 15 anos. A primeira etapa foi até 2020, e a segunda que vai até 2030”, complementou.
Sistema plantio direto
“Dentro das tecnologias que podemos destacar no estado, é o sistema plantio direto, uma tecnologia que nasceu aqui na Região Sul do Brasil”, acrescentou.
“Mas isso não significa também que nós como referência também precisamos avançar em alguns conceitos do plantio direto, vendo algumas incoerências. Precisamos incentivar o verdadeiro sistema plantio indireto, que muitas vezes alguns produtores acabam esquecendo, que é a cobertura permanente do solo, principalmente com plantas de cobertura ao longo dos 365 dias”, advertiu.
Mais sobre sustentabilidade em Rio Grande do Sul apresenta estratégias de adaptação e resiliência climática e de sustentabilidade na COP29
Brilhante lembrou que a rotação de culturas é bem importante visando é promover uma melhoria da qualidade do solo.
E melhorando a qualidade do solo se consegue melhorar alguns indicadores químicos do solo, ou seja, a fertilidade do solo.
Assim como alguns indicadores físicos, fazer com que esse ambiente seja capaz de aumentar a infiltração e armazenamento da água, deixando essa água mais disponível para as plantas e por um período maior.
“Mas também melhorando indicadores biológicos, a vida”, lembrou.
“Quem faz todo esse processo de estruturação do solo são os microrganismos, que só fazem quando a gente aumenta o carbono. Tem biomassa, principalmente dentro da subsuperfície do solo, estimula uma série de microrganismos do solo melhorar a parte física e química do solo, e com isso eu tenho um solo com maior qualidade”.
A entrevista completa de Jackson Brilhante e mais informações sobre o agro gaúcho, brasileiro e mundial no programa A Granja na TV de segunda-feira, dia 9, na Ulbra TV – Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre.