Em nota, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) veio a público informar que representou junto ao Ministério Público Federal a Associação de Criadores de Angus por omissão na rotulagem dos produtos do programa Carne Angus Certificada.
Segundo o comunicado, assinado pelo presidente em exercício, Rivaldo Borges, a entidade representativa do gado zebuíno no Brasil tem tentado, sem sucesso, junto às instituições competentes, garantir o reconhecimento da presença da genética zebuína nos rótulos da Carne Angus Certificada.
“Assim, portanto, com apoio integral das Associações Promocionais, a representação foi entregue em mãos ao procurador do Ministério Público Federal, em Uberaba/MG, Thales Messias Pires Cardoso, a quem confiamos que seja reconhecido mais do que o empenho incansável e histórico dos zebuzeiros, mas também que seja garantido à população o direito básico de conhecer a origem do produto que consome”, assina o presidente da ABCZ no comunicado de Imprensa.
No documento entregue, Borges afirma constar provas científicas que comprovam a presença de cerca de 50% da genética por trás dos produtos comercializados como Carne Angus Certificada são de Zebu, ou seja, são frutos de cruzamentos industriais com a raça zebuína. Devendo assim, constar no rótulo dos cortes.
Resposta da ABA à denúncia da Carne Angus Certificada
Procurada pela redação da Revista AG, a assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Angus (ABA), apresentou outro comunicado, divulgado à Imprensa, em nome dos diretores da entidade informando que até o momento da redação desta matéria ainda não tinham sido notificados da suposta representação.
A Carta da ABA informa que o Programa Carne Angus Certificada obedece integralmente a legislação brasileira, estando respaldado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que são os órgãos habilitados para regrar e autorizar o uso de denominações de raça na rotulagem de produtos cárneos por meio da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA).
Segundo assinam os diretores da ABA, a Carne Angus Certificada possui um protocolo claro, transparente e de conhecimento público. Além das exigências técnicas de acabamento e idade, todos os animais a serem abatidos precisam ter, no mínimo, 50% de genética Angus, admitindo-se, desta forma, presença de composição sanguínea de diversas outras raças, com exceção das leiteiras.
“As carcaças que levam o selo do Programa Carne Angus Certificada são chanceladas uma a uma por um time de mais de 50 profissionais presentes dentro das indústrias, em processo auditado pela certificadora internacional TÜV Rheinland”, consta no texto enviado à redação.






