Com expectativas distintas entre as principais regiões produtoras, foi aberta oficialmente, nesta quinta, 17, a colheita nacional da soja. O evento, que é realizado há dez anos com o apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), empresas e entidades representativas do agro, aconteceu pela primeira vez no Piauí.
A anfitriã foi a Fazenda Progresso, em Sebastião Leal, no sudoeste do estado. A propriedade é a sede do Grupo Progresso, um gigante que cultiva 82 mil hectares de soja, milho e algodão.
Produção
O Piauí, um dos estados que compõem a fronteira agrícola do Matopiba – formado ainda pelo Maranhão, Tocantins e Bahia – deve registrar um incremento de 5,4% na produção no ciclo 2021/2022, segundo a consultoria Safras & Mercado. A estimativa de fevereiro indica quase 3 milhões de toneladas em 870 mil hectares de lavouras beneficiadas pela ótima condição climática.
“Devemos manter um crescimento entre 5% e 7% nos próximos anos, e temos potencial para dobrar a produção de grãos”, observa o presidente da Aprosoja Piauí, Alzir Aguiar Neto. Ele ressalva que esse incremento depende, entre outros fatores, da superação de gargalos como os relacionados à infraestrutura de escoamento e à segurança jurídica.
O diretor de Operações do Grupo Progresso, Gregory Sanders, comemora o desempenho da atual safra. Mas, ao mesmo tempo, lamenta as perdas sofridas pelos agricultores do Sul do País devido à falta de chuva.
O impacto da forte estiagem que atinge Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e parte de Mato Grosso do Sul deverá resultar em uma queda calculada até agora, de quase 8% na colheita de soja em 2021/2022. De acordo com a projeção da Safras & Mercado, a produção deverá ficar em 127,1 milhões de toneladas.
Os jornalistas Denise Saueressig e Pedro Damasio Hameister estão no Piauí a convite do Grupo Progresso.