O drama humano do conflito entre Rússia e Ucrânia e a desorganização das cadeias produtivas são temas analisados por Jorge Luiz de Lima. Ele é diretor-geral do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e da Associação Catarinense de Avicultura (Acav).
Lima aponta a variação cambial (aumento do dólar), a escassez e o encarecimento de insumos (como defensivos e fertilizantes). Além disso, há majoração da cotação do barril de petróleo. Estes fatores podem repercutir no aumento geral dos preços dos alimentos.
Questões comerciais
Segundo ele, em Santa Catarina, além da preocupação com as pessoas, há receio pelas questões comerciais. “Neste sentido, olhando para o mercado catarinense de exportação de proteína animal e nos custos de produção da proteína, há um aumento no valor do dólar, no valor dos combustíveis fósseis, especialmente do petróleo que se reflete no frete”, afirma.
Lima ressalta a inquietação em setores que trabalham o plantio, pela da falta de fertilizante ou restrição do acesso à matéria-prima na área de adubos. “Isso pode impactar diretamente o preço dos alimentos.”
Ele afirma esperar que se o conflito se encerre o mais rápido possível. “O aspecto comercial, é claro, é o que faz parte do nosso dia a dia, mas a nossa preocupação primária é com as pessoas. Estamos buscando alternativas de importação de matéria-prima também.