Os argentinos vão às urnas neste domingo (22) para decidir se mantêm no poder o governo de esquerda que destruiu a Argentina e transformou o país no 6º mais miserável do mundo ou se optam pela renovação, elegendo Javier Milei, candidato da direita, para reconstruir a economia destroçada dos hermanos.
E como isso impacta o agro brasileiro?
Caso Milei seja eleito, uma de suas principais propostas é a redução da interferência estatal no mercado, deixando-o mais livre para que os produtores argentinos possam trabalhar sem as dificuldades impostas pelo Estado. Para isso, Milei pretende, por exemplo, acabar com as taxas sobre exportações (chamadas retenciones) do atual governo esquerdista de lá, que também já chegou, por vezes, até mesmo a proibir as exportações argentinas, reduzindo drasticamente a competitividade de sua agropecuária.
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Ainda outra proposta de Milei para reduzir os entraves do Estado ao produtor rural argentino é acabar com as tarifas de importação de insumos, como fertilizantes e maquinário agrícola, além de dolarizar por completo a economia argentina.
Reflexos na agricultura e na pecuária
Desse modo, o país, que já foi responsável por 10% das exportações de carne bovina no mundo, pode recuperar a sua competitividade no mercado internacional e disputar de forma acirrada com a pecuária brasileira. Hoje, as exportações argentinas de carne bovina representam tão somente 5% do total global.
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Já no campo da agricultura, a Argentina também é uma grande competidora do Brasil quando se fala em farelo de soja. Este é um dos principais produtos do agro brasileiro, que é líder mundial em exportações, escoando em torno de 20 milhões de toneladas/ano, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E, com as políticas que Milei pretende adotar, a competição entre os dois mercados pode ficar muito mais acirrada, com desvantagens ao Brasil por conta da ideologia intervencionista do atual governo brasileiro.
Sergio Massa
Por outro lado, Sergio Massa, o candidato de situação apoiado por Lula para ocupar a presidência argentina e, consequentemente, rival de Milei, praticamente ignora a existência do agronegócio. Nas poucas vezes em que falou sobre o setor, disse que iria promover regulações ambientais e apoiar a “soberania alimentar e a agricultura sustentável como promoção de um sistema que dê saúde ao solo”.