A área projetada para o algodão 2023/24 no Mato Grosso será de 1,35 milhão de hectares.
É o que aponta relatório do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) de novembro.
A extensão é 3,21% superior à apurada no relatório do mês anterior.
Conforme o Imea, as projeções de área acompanham o cenário que vinha se construindo, de que os cotonicultores devem destinar uma maior parte de suas lavouras para o cultivo da pluma.
No entanto, o instituto resalta que alguns fatores ainda incertos podem vir a influenciar na tomada de decisão final do produtor.
Com relação à produtividade, segue estimada em 284,35 arrobas/hectare.
O fator climático ainda é uma incógnita para definir o rendimento das lavouras ao longo do ciclo.
Produção
Considerando o ajuste na área, a produção de algodão em caroço está estimada em 5,77 milhões de toneladas, ou 2,40 milhões de toneladas de pluma.
Os números significam aumentos de 3,21% e 3,22% em relação à estimativa passada.
Oferta e demanda
O Imea divulgou ainda o novo relatório de oferta e demanda para a safra.
O aumento estimado para o período, somado aos estoques iniciais, de 435,20 mil toneladas, levou a uma oferta de algodão de 2,84 milhões de toneladas para a safra 2023/24.
O volume é 5,97% superior ao projetado em 2022/23.
Já com relação à demanda pela fibra produzida em MT, espera-se que seja 4,26% superior à da safra 2022/23, projetada em 2,34 milhões de toneladas.
Desse modo, espera-se que sejam exportadas 1,73 milhão de toneladas.
Além disso, o consumo brasileiro para a safra 2023/24 foi estimado em 608,20 mil toneladas, 13,16% superior ao projetado para a safra 2022/23.
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Assim, os estoques finais de algodão em MT ficaram em 499,59 mil toneladas para 2023/24, 14,80% maior quando comparado com o esperado para a safra 2022/23.
Em síntese, o balanço das últimas três safras mostra o descolamento da demanda pela pluma em relação à oferta, uma vez que fatores econômicos têm desfavorecido o consumo mundial pelo algodão.
Fonte: Imea