Os preços internos do algodão subiram na semana passada com a demanda trabalhando pontualmente e com interesse no mercado spot.
Mas em relação a abril as cotações seguem desvalorizadas por conta da oferta mais presente que a procura neste período de entressafra.
As informações são da Safras Consultoria.
Na quinta-feira, dia 18, a ideia para o algodão colocado na indústria de São Paulo sem ICMS ficou em torno de R$ 3,95 por libra-peso, ante R$ 3,75 por libra-peso da quinta anterior.
Isso corresponde a uma alta de 5,33%.
E na comparação ao mesmo período do mês anterior, caiu 11,63%.
Já no acumulado de um ano a queda foi de 50,31%.
Nas duas épocas, a pluma trocava de mãos a R$ 4,47 por libra-peso e R$ 7,95 por libra-peso, respectivamente.
Nova York com ganhos
O algodão na Bolsa de Nova York para o contrato de maior liquidez (julho/23) encerrou o dia 18 cotado a 86,66 centavos, ganhos de 2,25% em relação ao dia anterior.
Na comparação com o dia 11, a posição julho/23 acumulava ganhos de 8,8%.
Já no FOB Porto de Santos/SP, o preço do algodão brasileiro caiu para 78,71 centavos, ante 79,20 centavos do dia 17.
E na semana apresentou ganhos de 3,89%, quando era negociado a 75,76 centavos por libra-peso.
Relatório do USDA
O mercado digere o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que trouxe os primeiros números para a temporada 2023/24 (agosto/julho).
O departamento de agricultura norte-americano projetou um aumento de 19% na área colhida com algodão nos EUA.
O cenário climático mais favorável deve reduzir os abandonos de lavouras, que no ano passado superaram 45% da área semeada devido a seca.
Diante disso, a safra norte-americana deve alcançar 3,38 milhões de toneladas, o que confirma a alta de 7% na comparação com ciclo anterior, antecipada pela intenção de plantio.
O aumento na produção deve dar sustentação ao incremento das exportações.
E o fluxo externo mais ativo garante a queda nos estoques, mesmo com o aumento na produção.
Os primeiros números apontam um quadro de retomada na produção e recuperação do market share internacional dos EUA.
No radar do mercado daqui para a frente, o andamento do plantio, com especial atenção ao clima no Texas, e ao fluxo de vendas semanais norte-americano.
Fonte: Safras Consultoria