A cotação do algodão em pluma está em ritmo de alta desde meados de 2020. Em 2021, renovaram os patamares máximos nominais da série histórica do Cepea.
Alta
Depois de subir 42% ao longo de 2020, o Indicador do algodão em pluma Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, avançou expressivos 68,2% em 2021. Fechou em R$ 6,4085/lp no dia 27 de dezembro.
A média parcial de dezembro (até dia 27), especificamente, é de R$ 6,3537/lp. Ou seja, um recorde, em termos nominais.
Ao se considerar a inflação (IGP-DI, base em nov/21), o preço médio de dez/21 foi o maior desde abril/11, quando chegou em R$ 8,3193/lp.
Fatores
O impulso veio das elevações dos valores internacionais, do alto patamar do dólar frente ao real. Além disso, o aumento da paridade de exportação, que também atingiu recorde no ano, elevou os preços. Houve menor produção doméstica e aumento da demanda internacional.
Por outro lado, o bom volume da produção já comprometida via contratos a termo para exportação reduziu a disponibilidade no spot, influenciando a alta nos preços.
Plantio
O plantio da safra 2021/22 de algodão avançou para 21,9% da área nos sete principais estados produtores do Brasil. Juntos representam 98,2% do total. Os dados estão no levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com informações recolhidas até 25 de dezembro.
Segundo a Agência Safras & Mercado, na semana anterior, a semeadura estava em 11,6%. Em igual período do ano passado, o número era de 23,4%.