“Jair Bolsonaro foi o presidente que mais distribuiu títulos de terras nesse país. Ainda assim foi chamado de fascista, nazista, trapezista, tudo que é ‘ista’, mas a crise no Oriente Médio está mostrando quem são os verdadeiros nazistas que estão apoiando uma organização terrorista como o Hamas”, afirmou o deputado estadual Gustavo Victorino (REPUBLICANOS/RS) em reunião da Frente Parlamentar Invasão Zero na manhã desta segunda-feira (13) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre/RS. O deputado preside a Frente.
Victorino ainda comentou que fez um projeto de lei para retirar benefícios sociais de invasores de terras, sejam esses benefícios o Bolsa Família, o programa da reforma agrária ou mesmo nomeações para cargos públicos. Ele disse contar com o voto do governo do estado para a aprovação do projeto e que confia que ele será aprovado, embora não por unanimidade. Isso porque, segundo o deputado, “as invasões (de propriedades) têm uma bandeira política só e todos sabem qual é o seu lado (a esquerda)”.
Zucco
O deputado federal Zucco (REPUBLICANOS/RS), que preside a Frente no âmbito federal, também esteve presente na reunião. Em sua fala, Zucco afirmou que “nós não podemos relativizar a invasão de propriedades”. De acordo com ele, essa relativização de direitos fundamentais começou nos anos 1980 com a relativização do direito de propriedade ao se buscar desapropriar terras que fossem consideradas improdutivas ou que não cumprissem a sua função social. Na sequência, isso teria avançado para a relativização do assalto, quando se começou a dizer que aquele que rouba “só quer tomar uma cervejinha no final de semana”. E agora isso avança ainda mais com a relativização da vida ao se tentar descriminalizar o aborto e as drogas no Brasil.
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Ele também chamou de irresponsável o ministro do desenvolvimento agrário de Lula, Paulo Teixeira, que declarou, em entrevista ao jornal O Globo nesse sábado (11), que a relação do governo federal com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é “boa” e que “é papel do MST fazer pressão, reivindicar”. Segundo Zucco, o ministro “está fazendo uma apologia ao crime”.
Na sequência de sua fala, Zucco ainda criticou o ministro da Justiça, o comunista Flávio Dino, afirmando que ele dificulta o acesso de pessoas de bem a armas legais, mas que não faz nada para impedir que “vagabundos tenham acesso a armas ilegais”. E também se mostrou indignado ao comentar que “nunca antes vimos réus primários recebendo penas de 17 anos de cadeia enquanto corruptos como Cabral e traficantes como André do Rap estão soltos”.
Cap. Martim
“Se hoje há alimentos nas gôndolas dos supermercados, é graças ao agro, que não tem feriado e nem final de semana”, afirmou o deputado estadual Capitão Martim (REPUBLICANOS/RS), que compareceu também à reunião da Frente.
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Ele disse ainda que “se as cidades forem, um dia, destruídas, mas os campos permanecerem intactos, as cidades serão reerguidas. Mas se os campos forem destruídos, as cidades não sobreviverão. E o governo federal está trabalhando para destruir o agronegócio no Brasil.”
Para reverter essa situação, Martim disse ser importante eleger conservadores e liberais nas eleições municipais de 2024, pois estas são pessoas que preservam a lei.
Dra. Imília
“Nós somos uma cidade invadida”, disse a vice-prefeita de Sapucaia do Sul/RS, a dra. Imília de Souza (PP/RS). Segundo ela, o município vive uma situação de invasão urbana e já houve uma ordem de reintegração de posse expedida, contudo cancelada logo em seguida. A vice-prefeita argumenta que, quando isso ocorre (invasão urbana), “os custos de saneamento e educação (do local invadido) passam a ser do município.”
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“Não são povo de Sapucaia (os invasores) e essas invasões ocorreram ao longo dos 12 anos de governo do PT (na cidade) para que pudessem se manter no poder. É a esquerda que promove as invasões.”
Cabo Valdeci
O finado cabo Valdeci, morto por integrantes do MST em 1990, também foi lembrado. Durante fala do vereador Evandro Coruja (PP/RS) de Gravataí, ele recordou que o assassinato do policial ocorreu de forma covarde na avenida Borges de Medeiros, em Porto Alegre, há 33 anos enquanto o cabo estava dentro de sua viatura, sem condições de oferecer resistência. Valdeci, que era policial militar, foi degolado com um golpe de foice. Ninguém mais além dele teria sido morto na ocasião.
No Rio Grande do Sul, o dia do assassinato do cabo Valdeci, 8 de agosto, foi instituído pela Polícia Militar, desde 2016, como o Dia Estadual em Homenagem aos Policiais Mortos em Serviço.
Assista o Pancada Agro #12, que foi ao ar na última semana em nosso canal no YouTube e contou com a presença do deputado Gustavo Victorino: