A segunda safra de milho encontra-se sob forte ameaça. A informação é da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil). As entidades manifestaram preocupação pública com o desabastecimento de herbicidas no Brasil.
Produtores de todo o país reclamam do atraso na entrega de Atrazina, usado na cultura do milho. As queixas sobre cancelamento de envio deste produto são as mesmas em relação ao Diquat. Este, que é utilizado para dessecação da soja, também faltou no mercado.
Herbicida
A Atrazina é o principal defensivo para a cultura do milho. Sem ele os produtores correm o risco de não conseguirem produzir o cereal. Isto porque este é o único herbicida para ervas daninhas de folha larga. O produto ainda ajuda no controle da soja RR voluntária entre as plantas de milho.
O milho segunda safra, em rotação com a soja, é responsável pelo abastecimento de mais de 70% do suprimento do mercado brasileiro do cereal. Nos últimos anos, houve quebras de safra, prejudicando a rentabilidade de parte dos produtores e pressionando os preços do cereal.
A falta do herbicida cria ainda mais dificuldades para os produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e de parte de São Paulo. Este foram seriamente atingidos pela estiagem na primeira safra de milho. Os impactos também devem chegar ao consumidor final.
Prejuízos
É essencial garantir o fornecimento dos insumos para o bom desenvolvimento da safra de milho. Assim, evitando prejuízos aos produtores e à indústria de proteína animal.
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