A primeira semana de julho foi de preços firmes em São Paulo e em outras regiões – na praça paulista, a cotação da vaca gorda subiu na quinta-feira, 4.
Com a entrada do segundo semestre, destacaremos alguns pontos de atenção para o período e expectativas para o mercado do boi.
A trajetória de estabilidade/alta vigente seguirá?
O mercado futuro indica que sim. Mas, há alguns pontos de atenção: a oferta de boiadas confinadas, que deverá ser maior no segundo semestre, e a oferta de bovinos – principalmente a de fêmeas -, que, se seguir intensa como foi no primeiro semestre, adicionalmente ao aumento da oferta de bovinos confinados, pode pesar no mercado.
E a exportação?
Historicamente, o segundo semestre é melhor em volume, preços e receita (foi assim nos últimos 20 e 5 anos).
No primeiro semestre de 2024, os embarques foram recorde. Com o forte volume embarcado, fica a dúvida quanto à demanda no segundo semestre.
Com as compras aceleradas, dois comportamentos podem ocorrer:
1) o comprador internacional estocado e mais ausente das negociações com o Brasil;
2) o histórico se repetir, o que acreditamos que ocorrerá – até porque, mesmo que o preço do boi suba no segundo semestre, como indicam os preços futuros, o dólar alto – e assim deve ser até o fim do ano – mantém o boi brasileiro competitivo no mercado internacional.
Mais sobre a pecuária em Preços do boi seguem sustentados, e destaque para a boa demanda dos embarques
E a demanda interna? Podemos esperar melhora. O desemprego está mais controlado – próximo a 8%, há menor pressão de dívidas pela população na segunda metade do ano e, geralmente, há o aumento da geração de empregos temporários, o recebimento de décimo terceiro salários e bonificações.
Somamos a este contexto um preço de carne bovina mais acessível – a demanda deverá ser melhor.
Segundo semestre
O segundo semestre que se desenha é favorável. Aproveitando a conjuntura, ao confinador que está planejando o seu segundo giro, destacamos que o “boi de outubro” é agora.
No mercado futuro, a referência do contrato de outubro encerrou o pregão do dia 3 com um ágio de R$ 20/@ em relação ao mercado físico – oportuno para um seguro de preço mínimo.
Fonte: Felipe Fabbri/Scot Consultoria