Em conjunto, os países árabes são o principal exportador mundial de fertilizantes. O segundo lugar é ocupado pela Rússia. Depois, vêm China, Canadá e Estados Unidos.
Já o Brasil é o maior destino das exportações árabes de adubos. Seguido principalmente por Índia, Estados Unidos, Tailândia, Turquia e Argentina.
Diplomacia
A redução das exportações de Rússia e Bielorrússia ligou o sinal de alerta do produtor brasileiro, que depende de importações de adubos. Nesta quinta-feira, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, reuniu-se com representantes de países árabes.
Em pauta, a possibilidade de aumentar a venda de fertilizantes ao Brasil. Segundo a ministra, o País precisa trabalhar em uma “diplomacia dos insumos”. Juntos, os países árabes fornecem 26% dos fertilizantes importados pelo Brasil.
Os dados são da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Entre os principais fornecedores do bloco estão Marrocos, Catar, Arábia Saudita, Egito, Omã e Argélia.
Interesse
A ministra disse que o Mapa vai conversar com empresas e cooperativas do setor agrícola. Vai verificar o interesse em aumentar a aquisição desses produtos dos países árabes.
O Brasil importa mais de 85% dos fertilizantes utilizados na agricultura. Já no caso do potássio são 95% do seu consumo.
Logística
O governo também trabalha na logística para a importação dos insumos. “Já identificamos muitos gargalos nos portos brasileiros e estamos estudando como resolver no curto prazo”, informou a ministra.
O presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Osmar Chohfi, disse que a entidade trabalhará para aproximar ainda mais as empresas árabes de produtores brasileiros. “Os países árabes são fornecedores importantes de diferentes tipos de fertilizantes para o agronegócio brasileiro. Já o Brasil é muito importante para os países árabes em matéria de segurança alimentar”, ressaltou.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos, ressaltou a importância de o Brasil diversificar as origens de suas importações de fertilizantes. “Estamos em um momento em que o Brasil precisa aumentar o volume de importação a fim de se preparar para a próxima safra”, disse.