Todos os anos vivemos as mesmas situações e os mesmos riscos: inundações e enchentes, deslizamentos de massa, secas, incêndios! Os números só aumentam e devem continuar crescendo nos próximos anos, tanto os números de desastres naturais quanto dos prejuízos materiais e das mortes.
Na última década (2013 a 2022), os desastres climáticos causaram mais de R$ 401 bilhões em prejuízos no Brasil, conforme levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Os mais recentes, são as inundações e escorregamentos no litoral paulista que destruiu e matou e a seca severa no Rio Grande do Sul que dizimou lavouras inteiras e secou açudes, lagoas e rios.
Diante deste cenário catastrófico e somando-se às mudanças climáticas em curso, temos a tragédia anunciada e não é de hoje que se anuncia. Segundo os dados levantados pela CNM o ano de 2022 foi marcado pelo maior número de mortes da década. Os recursos repassados para a resposta diante dos eventos adversos são importantes sim, pois quem perdeu tudo precisa de socorro, de comida, de água, de casa. Mas é necessário ir muito além, focar na prevenção e na mitigação, as primeiras duas fases do ciclo de Proteção e Defesa Civil. O antes, para evitar ou pelo menos minimizar e se não for possível então pelo menos mitigar. Políticas públicas existem, leis federais, estaduais e municipais são conhecidas, mas precisam ser cumpridas.
A população não pode mais esperar, os riscos climáticos estão aumentando em proporções gigantescas e é iminente a necessidade de ação por parte dos nossos gestores e da sociedade. Tecnologia existe, inteligência artificial é realidade, somando-se à vontade podemos ampliar a capacidade de prevenção diante dos riscos climáticos. O metaverso está aí….mas por enquanto é aqui mesmo, neste planeta chamado Terra, que precisamos continuar vivendo.
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