Após anunciar o financiamento ao agronegócio de Angola, o governo petista quer, agora, financiar a atividade agropecuária da Argentina. Foi o que anunciou o ministro da Economia, Fernando Haddad, nesta segunda-feira (28), após encontro com Lula e Sergio Massa, atual ministro da Economia da Argentina.
De acordo com Haddad, os alimentos e autopeças que forem vendidos por exportadores brasileiros para a Argentina serão pagos pelo próprio Banco do Brasil. E este, por sua vez, será segurado pelo Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF). Na prática, os argentinos não precisarão pagar pelos produtos que importarem do Brasil, mas sim o contribuinte brasileiro é quem arcará com grande parte (se não a totalidade) dessa despesa.
Leia mais: Lula quer desenvolver o agronegócio da Angola
Para que se concretize essa proposta, o governo Lula anunciou que US$ 600 milhões de dólares serão liberados aos argentinos por meio de uma cooperação entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o CAF.
Sergio Massa
Sergio Massa concorre à presidência da Argentina como o candidato do sistema, para manter o grupo político que rege o país atualmente. Sob sua gestão enquanto ministro, a Argentina viu a sua inflação ultrapassar os 100% em um ano, destruindo o valor de sua moeda e fazendo com que o país se tornasse o 6º mais miserável do mundo. Massa é, portanto, o candidato apoiado por Alberto Fernández, que é membro do Foro de São Paulo e amigo de Lula.
Enquanto isso, seu maior adversário na disputa eleitoral é Javier Milei, um candidato de direita e libertário que conquistou a maioria dos votos no Paso, que são as eleições primárias da Argentina, as quais determinam os três candidatos que poderão disputar o pleito. Dentre suas propostas, Milei afirma que pretende enxugar a máquina pública através da extinção de diversos ministérios que ele considera inúteis e extremamente onerosos para o bolso do contribuinte, como o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e o Ministério das Mulheres, Gênero e Diversidade. Assim, ele almeja preservar apenas aqueles que ele considera essenciais para o funcionamento do Estado, como o Ministério da Defesa, o Ministério da Economia e o Ministério da Justiça, por exemplo, promovendo uma reforma profunda na Argentina.
Veja também: Produtor de milho do MT já recebe 45% a menos que um ano atrás
Sugestão para você assistir: