As mulheres do agronegócio brasileiro participaram, nesta semana, do evento Cúpula Anual das Mulheres do Agro (em inglês, Women in Agribusiness Summit) em Denver, Estados Unidos, representadas pelo Comitê de Mulheres da Rural, da Sociedade Rural Brasileira (SRB).
A presidente do Comitê de Mulheres da Rural, Lucia Bortolozzo, falou sobre essa presença brasileira ao programa A Granja na TV de quinta-feira, 26, na Ulbra TV.
Conforme ela, o “principal tópico” abordado no evento foi a preocupação mundial sobre segurança alimentar e a sustentabilidade.
“E elas estão aqui muito preocupadas com estes temas”, definiu.
Também estiveram em pauta, inovação e tecnologia, os desafios, a participação e a liderança das mulheres no agro, a importância da sucessão familiar dentro das propriedades para decidir os principais temas e assim por diante.
Conforme Lucia, o Comitê dentro da SRB foi criado para que as mulheres tivessem a oportunidade de comunicarem melhor sobre a participação feminina.
“O intuito foi levar através de mulheres a comunicação afora do nosso país. E de que forma? Estar participando de eventos de mulheres do agronegócio no mundo lá fora”, descreveu.
“Esta foi a nossa primeira imersão. Viemos com um público pequeno desta vez. Nosso intuito é vir com mais mulheres no ano que vem. Nossos patrocínios foram muito importantes para esta missão ter sido consolidada”.
Mais participação feminina
Lucia ainda destacou o aumento da participação das mulheres no setor.
“Tem melhorado muito, a gente vê a participação das mulheres crescendo dia a dia. Isso é muito importante. E a união dos grupos, a união das mulheres. Elas estão se fortalecendo cada vez mais para fazer com que estes desafios sejam menores”, afirmou.
“E dentro do nosso setor a gente conhece os desafios do setor do agro são vários. Então, a mulher tem que estar preparada. A gente tem que estar se preparando para estar na mesa de igual para igual conversando”.
Conhecimento e conexão
A CEO do Mulheres do Agronegócio Brasil, Andrea Cordeiro, também participou do evento.
Segundo ela, o movimento Mulheres do Agronegócio Brasil iniciou no início dos anos 2000 “para trazer conhecimento, conectar mulheres para que cada vez mais elas estivessem capacitadas para estarem numa mesa de negociação, tomarem decisão estratégica de maneiras muito assertivas”, argumentou.
“Lá no início dos anos 2000 tivemos este ideal de conectar mulheres do agro do Brasil inteiro dentro e fora da porteira”, revelou.
Mais sobre a participação feminina no agro em Expointer: livro destaca empreendedorismo de mulheres rurais do RS
“A partir do Congresso Nacional das Mulheres do Agro, em 2016, houve um grande despertar para multiplicar esse ideal de conhecimento, entender como a mulher no agronegócio faz a diferença na gestão. Ajuda estar ao lado dos seus filhos, marido, colegas, parceiros de trabalho com bastante capacidade para gerir os negócios. Dentro e fora da porteira”, acrescentou Andrea.
“Desta maneira a partir de 2016 multiplicaram-se os movimentos. E o Mulheres do Agronegócio Brasil se tornou pioneiro nestas práticas de missão, da campanha Lenços do Agro que é um viés social”.
“O Congresso de Mulheres do Agro em outubro espera receber uma legião de mulheres do Brasil inteiro, da América do Sul inclusive para se conectarem e para ganharem conhecimento e, principalmente, compartilharem suas expertises”, ressaltou.
Confira as duas entrevistas completas no link abaixo, assim como mais informações sobre o agro no programa A Granja na TV, da Ulbra TV, edição de quinta-feira, dia 26 de setembro (Canal 48.1 TV Digital e 521 da NET Porto Alegre)