A estimativa de produção de café no mundo é de 169,64 milhões de sacas de 60kg. Os dados referem-se ao ano-cafeeiro 2020-2021 e mostram alta de 0,4% em relação ao mesmo período anterior.

Neste contexto, os cafés da espécie arábica foram estimados em 99,26 milhões de sacas e os robustas em 70,38 milhões. Os volumes representam 58,5% e 41,5%, respectivamente, da produção mundial.

Regiões

As informações constam do Relatório sobre o mercado de Café – outubro 2021, da Organização Internacional do Café (OIC). O documento divide a produção internacional em quatro grandes regiões: América do Sul, Ásia & Oceania, África, e América Central & México.

Por região, ao se agrupar as espécies arábica e robusta, o ranking de produtores é liderado pela América do Sul. Isto é, os sul-americanos produzem cerca de 82,79 milhões de sacas. Ou seja, um volume físico correspondente a 48,8%.

Em seguida, vem a Ásia & Oceania, com 48,91 milhões de sacas, que equivalem a 28,8%, da safra mundial. Na terceira posição, está a América Central & México, com 19,19 milhões de sacas produzidas, equivalentes a 11,3%.

Finalmente, na quarta colocação, a África, cuja produção total de café foi estimada em 18,75 milhões de sacas de 60kg. Este número corresponde a 11,1% do total produzido no mundo.

Segundo a Organização, o ano-cafeeiro compreende o período de outubro a setembro. O relatório encontra-se disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, rede de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.

Brasil

Já o Brasil deverá produzir aproximadamente 46,9 milhões de sacas de café beneficiado, de acordo com o 3º Levantamento da Safra 2020/2021 do produto. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o estudo em setembro. O número representa uma queda de 25,7% em relação ao resultado da safra de 2019/2020. A área em produção, por sua vez, é atualmente estimada em 1,8 milhão de hectares, 4,4% menor que a safra anterior.

A Conab fez o levantamento após a colheita de mais de 95% das áreas plantadas. Portanto, o resultado da pesquisa de campo confirma redução considerável na produção. Isso na comparação com a safra anterior, considerada recorde.

Motivos

Os efeitos fisiológicos da bienalidade negativa, observados em diversas regiões produtoras neste ciclo, motivaram a redução. Além disso, as condições climáticas adversas de seca em muitas localidades e as geadas, que ocorreram em junho e julho contribuíram para a queda. Estes fatores influenciaram tanto para redução do rendimento médio quanto para a diminuição da área em produção.

A produção de café arábica está estimada em 30,7 milhões de sacas, 36,9% a menos se comparado ao volume produzido na safra anterior. O conilon, por sua vez, deve alcançar uma produção de 16,15 milhões de sacas, o que indica um aumento de 12,8% sobre o resultado obtido em 2020.