A chegada das chuvas é o período mais propício para produzir capim com foco em alta lotação e desempenho. Geralmente, é quando os solos estão com bons níveis de fertilidade, excelentes condições de umidade, recebem calor e muita luz. Ou seja, quando estão em condições ideais para o desenvolvimento das lavouras de capim.
Recomendações
Em artigo na Revista AG de outubro, os engenheiros agrônomos Pedro Henrique Lopes Lorençoni e Mateus Daré, ambos do Grupo Matsuda, explicam como o criador pode aproveitar este período para melhorar a qualidade do capim. Assim, conseguem ampliar a produtividade do gado. Para isso, fazem uma série de recomendações desde a escolha da área a ser plantada até a semente a ser utilizada.
Para um bom plantio de forrageiras, indicam o uso de cultivares com pacote tecnológico que reduza custos. Também deve conferir mais segurança à implantação das lavouras de capim.
As sementes não revestidas dependem exclusivamente da disponibilidade de umidade e fertilidade do solo para terem boa taxa de germinação e desenvolvimento inicial. Já as revestidas possuem macro e micronutrientes que auxiliam o processo inicial e melhoram a interação com a água logo após uma precipitação, retendo melhor a umidade.
Incrustadas
O ideal é que sejam utilizadas sementes incrustadas. Visto que possuem alto valor cultural e melhor “plantabilidade”. A tecnologia proporciona melhor distribuição, uniformização e constância ao plantio, evitando o desperdício ao uso das doses recomendadas.
As incrustadas também absorvem pequenos impactos, evitando que o revestimento se solte. Paralelamente, servem ao uso de diversos modelos de semeadoras, seja a lanço ou em linha (inclusive com a terceira caixa). Diminuindo, assim, os riscos de embuchamento e atraso do plantio.
A defesa visual contra alguns insetos, aves e até roedores é outra vantagem. Em locais com altos índices de ataque de formigas, o uso de sementes convencionais pode apresentar uma taxa de carregamento por esses insetos de até 40%, o que nas da Série Gold+, da Matsuda, não chega a 1%.
Cultivares
A tecnologia serve para todas as cultivares do gênero Urochloa (Braquiárias) e Megathyrsus (Capim-colonião). Há também a opção da aplicação de polímero. Este evita a perda de umidade das sementes no início das chuvas e que as mesmas se desidratem com veranicos inesperados. Mantém a proteção do material com inseticidas e fungicidas por até 30 dias.
O Valor Cultural (VC) das sementes deve ser o mais próximo de 80%, parâmetro que representa a pureza e a viabilidade ou a germinação. Valores maiores indicam alta pureza e alto valor de viabilidade do lote a ser adquirido.
A empresa vendedora deve apresentar o termo de conformidade das sementes (laudo de análise das mesmas). Caso não o faça, há risco de que o produto não seja certificado e/ou de origem duvidosa.
O documento também atesta a presença ou não de ervas daninhas permitidas, toleradas. Sendo crucial para que o pecuarista não leve novas pragas às suas pastagens.
Quer saber mais? Confira na revista AG de outubro!
Foto: Divulgação Matsuda