Os preços da soja apresentaram forte valorização na semana de 6 a 10 de junho no mercado brasileiro. A movimentação também melhorou diante da combinação de ganhos nos contratos futuros em Chicago e do dólar frente ao real. A saca subiu de R$ 191 para R$ 199 no período em Passo Fundo/RS. Em Cascavel/PR, avançou de R$ 187,50 para R$ 196,50. No Mato Grosso, em Rondonópolis, passou de R$ 179 para R$ 180,50. E no Porto de Paranaguá/PR, saltou de R$ 195 para R$ 202.
Os prêmios de exportação cederam ao longo da semana, reflexo do aumento da oferta doméstica. A melhora nos preços trouxe os produtores de volta ao mercado. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago os contratos com vencimento em julho acumularam valorização de 4,2% até quinta, dia 9, batendo nos melhores níveis desde setembro de 2012. A demanda aquecida pela soja americana e as preocupações com o excesso de chuvas no norte do cinturão produtor americano.
O câmbio também favoreceu a comercialização no mercado brasileiro. Com os riscos fiscais no Brasil e com as preocupações com a inflação global, o dólar comercial teve alta de 2,93% até quinta, encerrando a R$ 4,778.
Produção brasileira
A produção brasileira de soja deverá totalizar 124,27 milhões de toneladas na temporada 2021/22, recuo de 10,1% na comparação com a temporada anterior, de 138,15 milhões de toneladas. A projeção faz parte do 9º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Conab. No relatório de maio, a previsão de safra de soja estava em 123,83 milhões de toneladas.
A Conab trabalha com uma área de 40,99 milhões de hectares, com elevação de 4,6% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 39,2 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 3.032 quilos por hectare. Em 2020/21, o rendimento ficou em 3.525 quilos por hectare.
Fonte: Safras & Mercado