O oitavo levantamento de safra do MT, realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em novembro, mostrou reajuste no rendimento aguardado para a temporada 2022/23.
A projeção de produtividade apresentou queda de 0,85% ante o relatório passado.
E ficou estimada em 58,51 sacas/hectare.
A redução no indicador foi pautada pela chuva mal distribuída no mês passado.
E também pelo volume de precipitação aquém do observado historicamente em algumas regiões do estado.
Isso influenciou na diminuição da umidade do solo. E no aumento do estresse das plantas.
Dez dias sem chuva
Alguns municípios apresentaram ausência de chuvas em mais de dez dias, segundo os informantes do Imea.
Vale ressaltar que a estiagem vista neste período poderá limitar o potencial produtivo das lavouras.
E, assim, influenciar no rendimento final.
Por outro lado, os dados do NOAA projetam precipitações de 45 a 55 milímetros nesta semana na maior parte do estado.
Isso pode diminuir o estresse hídrico dessas áreas e favorecer o desenvolvimento das lavouras.
Milho beneficiado pela soja
Adiantamento da semeadura da soja em relação às safras anteriores deve beneficiar o plantio do milho no MT.
A finalização da semeadura da soja na última sexta-feira, dia 2.
E foi adiantada em comparação às últimas cinco safras.
O Imea projetou que 98,80% da área de milho tem potencial de ser semeada na janela ideal (última semana de fevereiro).
Dois fatores contribuem para essa estimativa:
A maior adoção de ciclos de cultivares mais precoces por parte dos produtores.
E o aumento do parque de máquinas nos últimos anos.
É importante ressaltar que a estimativa não leva em consideração o fator climático.
O clima poderá influenciar no andamento da colheita da soja (excesso de chuvas).
E consequentemente, na semeadura do cereal.
A exemplo, a safra passada teve velocidade recorde no plantio da soja.
No entanto, o percentual de áreas semeadas do milho na janela ideal foi de 82,74%
Fonte: Imea
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