As condições climáticas, particularmente as chuvas abrangentes ocorridas no começo de setembro, favorecerem a ampliação da semeadura de milho nas lavouras gaúchas.
E o cereal já alcançou 37% da área projetada para a safra 2024/2025.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater-RS/Ascar divulgado na quinta-feira, 12, o avanço no estabelecimento de lavouras ocorreu principalmente na Metade Norte do estado.
Na Metade Sul, a maioria das áreas prossegue em preparação para o plantio.
A Emater/RS-Ascar projeta para esta safra o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade está estimada em 7.116 kg/ha.
As lavouras exibem, de forma geral, bom desenvolvimento e estande adequado de plantas.
A reposição do teor de umidade no solo proporcionou a continuidade dessas condições.
Referente ao aspecto fitossanitário, as lavouras apresentam condições adequadas, mas persiste a preocupação com cigarrinha-do-milho, principal praga da cultura.
Embora o monitoramento contínuo tenha sido realizado e, em alguns casos, intervenções de controle tenham sido necessárias, a população do inseto permanece inferior à observada no mesmo período do ano anterior.
Trigo prejudicado pela fumaça
A maior parte das lavouras de trigo encontra-se em fase reprodutiva (38% em floração e 19% em enchimento de grãos), e 43% das lavouras ainda estão em desenvolvimento vegetativo.
A área cultivada, conforme a Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista está em 3.100 kg/ha.
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A ocorrência de chuvas de intensidade variável, mas abrangentes, no começo de setembro, beneficiou as lavouras nas diferentes etapas do ciclo.
A precipitação restaurou os níveis de umidade do solo, favorecendo igualmente o crescimento e a formação de espigas e grãos.
Antes das chuvas, foram identificados sintomas iniciais de deficiência hídrica em algumas regiões, mas sem comprometer de forma significativa o desenvolvimento das lavouras.
Nos dias subsequentes, a radiação solar e as temperaturas mais baixas foram favoráveis para os cultivos do cereal.
Contudo, a persistente nebulosidade, causada pela dispersão de fumaça das queimadas no Norte e Centro-Oeste do Brasil, reduziu a incidência de luz solar nas lavouras do estado, atenuando o efeito positivo da insolação no desenvolvimento das plantas.
A avaliação das áreas afetadas pelas geadas, ocorridas na segunda metade de agosto, revelou impactos leves nas plantas em estágio reprodutivo e efeitos mínimos sobre o potencial produtivo.
A expectativa de rendimento estadual permanece inalterada.
Fonte: Emater-RS/Ascar